Letramento crítico e decolonialidade: construindo espaços de ressignificação
DOI:
https://doi.org/10.34019/1808-9461.2023.v24.38312Palabras clave:
Letramento crítico. Colonialidade. Decolonialidade. Ensino de língua.Resumen
A atual conjuntura da sociedade brasileira é fruto dos processos de colonização, capitalismo e patriarcado que determinaram, a partir das relações de poder, quais são os conhecimentos que devem ser considerados válidos. Esses movimentos ocorreram de forma violenta, silenciando as vozes dos grupos que não se encaixavam/encaixam no conceito de homem branco, heterossexual, classe alta. A escola, enquanto instituição política, ao tempo em que pode colaborar para a visibilidade de grupos marginalizados, também pode representar um movimento contrário, a partir da imposição de narrativas hegemônicas, disseminadas nos currículos escolares. Nesse sentido, urge a necessidade de trazer temáticas decoloniais para o âmbito educacional, colaborando para o desenvolvimento do letramento crítico dos alunos, para que possam reconhecer discursos segregatórios e estabelecer diálogos e ações de ressignificação e resistência. Neste trabalho, pretendo discutir sobre o conceito de letramento crítico, colonialidade do poder, do saber e do ser (QUIJANO, 1999), ao tempo em que apresento uma proposta de ser/fazer decolonial. Os aportes teóricos estão calcados nas seguintes temáticas: A linguagem como prática social (RAMALHO; RESENDE, 2011; SILVA, 2000; SPIVAK, 1942), Letramento crítico (MONTE MÓR, 2015; MOREIRA JUNIOR, 2020; SANTOS; MENICONI, 2018); Estudos Decoloniais (QUIJANO, 1999; WALSH, 2013; SANTOS, 2019).