Gêneros digitais na educação básica e a BNCC: prática em (des)construção Relatos de uma professora da Amazônia Legal
DOI:
https://doi.org/10.34019/1808-9461.2022.v23.38227Palavras-chave:
Gêneros Digitais. BNCC. Amazônia Legal.Resumo
O objetivo do artigo é discutir as concepções de gêneros digitais na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), suas implicações e seus impactos na Educação Básica de uma escola pública, problematizando como a base impõe referidos gêneros ao ensino de Língua Portuguesa, justificando-se pela equidade ao acesso tecnológico. O debate foi orientado pelo relato de uma professora de escola pública da Amazônia Legal sobre suas concepções dos discursos (des)construtores da base comum, o (des)favorecimento das ‘minorias’ não digitais e, consequentemente, a compreensão de contextos sociais e históricos das comunidades silenciadas nestes processos(MOITA LOPES, 2006; RAJAGOPALAN, 2006; SILVA, 2013). Um estudo de caso, situado na Linguística Aplicada, com abordagem qualitativa de análise dos dados. Os instrumentos utilizados foram relatos de vida de uma professora da Rede Pública de Ensino e a elaboração da BNCC. Os resultados nos indicam a BNCC não se constitui uma base nacional multicultural do currículo escolar das escolas públicas e não dialoga com as narrativas de vida de alunos e professores que foram recanteados do centro do processo educacional proposto por esta base curricular.