Entrecruzamento de desigualdades: gênero e maternidade na carreira de médicas de família e comunidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1809-8363.2022.v25.35434

Palavras-chave:

Medicina de Família e Comunidade, Gênero, Maternidade, Mulheres Trabalhadoras

Resumo

O estudo da crescente feminização da área da Medicina de Família e Comunidade coloca na agenda de estudiosos a preocupação com os fatores e impactos dessa tendência nas trajetórias das carreiras das médicas, principalmente daquelas que estão exercendo suas atividades em áreas periféricas. O objetivo do estudo do qual resulta este artigo foi compreender como as médicas justificam suas escolhas e permanências no exercício da Medicina de Família e Comunidade, mesmo em contextos considerados potencialmente violentos. Realizamos uma investigação de caráter qualitativo, que dialogou com aspectos da cartografia, a partir de entrevistas realizadas com oito médicas de família que se fixaram em áreas de alta vulnerabilidade social em uma capital brasileira. A análise dos enunciados apontou para o gênero como o eixo marcador de diferença, destacando o empuxo exercido pela maternidade, o conceito gênero em sua dinâmica interseccional. Identificamos que a responsabilização pelo cuidado permanece impactando o processo decisório das mulheres, (re)definindo o equilíbrio entre vida pessoal/familiar e trabalho e (de)limitando as trajetórias de suas carreiras.

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Biografia do Autor

Natalia Pontes de Albuquerque, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Graduada em Medicina (UFMG) e residência em Medicina de Família e Comunidade pelo Hospital Metropolitano Odilon Behrens; mestra em Saúde da Família (UFU). CV: http://lattes.cnpq.br/5321401770429223

Mariana Hasse, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Graduada em Psicologia; mestra e doutora em Saúde Coletiva (FMRP-USP). Professora Adjunta do Universidade Federal de Uberlândia (UFU). CV: http://lattes.cnpq.br/4986970372853513

Elenita Pinheiro de Queiroz Silva, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Licenciada em Ciências – Habilitação em Biologia, pela (UEFS); mestra em Educação (UFBA) e doutora em Educação (UFU). Professora Associada da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). CV: http://lattes.cnpq.br/3140638814052182

Maria Inez Padula Anderson, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Médica de Família e Comunidade (CNRM/UERJ e SBMFC/AMB); mestra e doutora em Saúde Coletiva (IMS/ UERJ). Professora Associada Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). CV: http://lattes.cnpq.br/1901950820138926

Flavia do Bonsucesso Teixeira, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Graduada em Terapia Ocupacional (UFMG); mestra em Educação (UFU), doutora em Ciências Sociais (Unicamp) e pós-doutora pela Università degli Studi di Milano (IT) e Unicamp. Professora Associada da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). CV: http://lattes.cnpq.br/6588767019535064

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Publicado

2022-05-06

Edição

Seção

Artigos Originais

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