Entre barreiras simbólicas e físicas: o HIV/AIDS na Atenção Primária à Saúde

Autores/as

Palabras clave:

Atenção Primária à Saúde, Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde, Infecções por HIV

Resumen

O vírus HIV foi detectado em 1981, dando início a uma grande epidemia - conhecida como “praga gay”. O HIV/AIDS se constituiu não só como uma patologia, mas também a partir de raízes de preconceitos. Desde então, a ciência avançou no tratamento da doença, entretanto algo ainda persiste: o estigma social em relação à população-chave para esta enfermidade. Objetivou-se entender o que ainda se mantém como predisposição desta doença e os principais desafios da atenção primária frente ao HIV/AIDS. Foi realizada uma revisão integrativa, com o string de busca “’HIV’ AND ‘Sexual and Gender Minorities’”, com busca nos banco de dados da PubMed, retornando 51 artigos, e da SCIELO, com 167 estudos. Os títulos e resumos dos 218 artigos foram lidos, excluindo duplicatas, artigos pagos, os que não falavam sobre o Brasil e ainda aqueles que não correspondiam ao período de 2015-2020. Dessa forma, foram selecionados 18 artigos para compor este trabalho. A literatura descreveu que os estigmas quanto ao HIV criam barreiras simbólicas tanto no acesso à Atenção Primária à Saúde (APS) quanto no prosseguimento do tratamento para quem foi infectado. Ademais, os principais determinantes sociais relatados foram baixa escolaridade, pobreza e habitação. A centralização dos testes só nos profissionais de enfermagem e os ambientes impróprios ao armazenamento dos kits, abrem desafios à APS na detecção e cuidado às pessoas. Por fim, grande parte dos estudos destacaram a dificuldade no aconselhamento tanto na prevenção, quanto na pósvenção, visto que existe um direcionamento maior à doença do que ao indivíduo. Em conclusão, por mais que a APS seja porta de entrada ao SUS, ela ainda induz barreiras significativas às pessoas com propensão ao HIV. Diante disso, cabe ao Estado e à sociedade civil desestigmatizar a doença, garantir equidade à população, bem como descentralizar a atenção do HIV/AIDS e garantir ambientes seguros aos testes.

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Biografía del autor/a

Matias Aidan Cunha de Sousa, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduando de Medicina.

Ana Beatriz Bezerra Carneiro, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduanda de Medicina.

Erich Barbosa Albuquerque Sales, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduando de Medicina.

Iasmin Nunes Duarte, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduanda de Medicina.

Publicado

2021-06-01

Número

Sección

Resumos

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