Práticas integrativas e complementares como estratégia de Promoção da Saúde na Atenção Básica

Autores

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Medicina complementar, Práticas Integrativas, Promoção da Saúde

Resumo

As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) representam um desafio dentro do atual contexto médico. Contrapondo uma Medicina biologicista que, por vezes, ignora o sentido holístico do ser, diminuindo o papel do paciente como protagonista do processo saúde-doença, as Terapias Complementares inseridas no Sistema Único de Saúde podem ser vistas como forma de Promoção da Saúde, sobretudo na atenção primária, haja vista a autonomia e o empoderamento possibilitados aos indivíduos por meio de tais terapêuticas. Como objetivos, buscou-se entender como a ampliação das PICS na atenção básica poderia favorecer a integralidade do cuidado à saúde, levando em conta suas múltiplas interfaces. Quanto à metodologia, foi realizada uma revisão integrativa bibliográfica, nas bases de dado BVS e PubMed, cruzando os descritores “Práticas Integrativas e Complementares”, “Atenção Primária”, “Promoção da Saúde” e “SUS”, sendo incluídos os trabalhos com texto completo disponível, em inglês e português,  dos últimos dez anos. Para melhor selecionar a pesquisa, excluiu-se os estudos não primários e aqueles que não abordavam o tema adequadamente. Com isso, a análise crítica dos trabalhos permite inferir que as Práticas Integrativas e Complementares corroboram na ampliação e qualificação dos serviços prestados, na medida que possibilitam ofertas terapêuticas para além da Medicina Convencional, com um olhar voltado aos determinantes sociais e à dimensão biopsicossocial do indivíduo, reposicionando esse usuário no protagonismo do cuidado. Assim, a maior efetivação das PICS no Nível Primário fortalece as práticas de Promoção de Saúde, pois intervém em circunstâncias de sofrimento difuso, quando o diagnóstico clínico ainda é inespecífico, possibilitando aos pacientes uma maior emancipação em relação a sua qualidade de vida e, consequentemente, da comunidade. Em conclusão, é fundamental que a política existente das Terapias Complementares seja universalizada na prática, com sua expansão nas Unidades de Saúde pelos diversos profissionais, visando a garantia de um atendimento mais integralizado.

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Biografia do Autor

Iasmin Nunes Duarte, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduanda em Medicina do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Ana Beatriz Bezerra Carneiro, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduanda em Medicina do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Matias Aidan Cunha de Souza, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduando em Medicina do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Maria do Socorro Trindade Morais, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Professora do Departamento de Promoção da Saúde do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

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Publicado

2021-06-01

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