PRÁTICAS ALIMENTARES DE CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS ATENDIDAS PELO SERVIÇO DE ATENÇÃO AO DESNUTRIDO DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA – MINAS GERAIS
Palabras clave:
Aleitamento materno, Alimentação complementar, Desnutrição infantilResumen
O aleitamento materno é um importante componente da alimentação infantil, sendo capaz, isoladamente, de nutrir adequadamente as crianças nos primeiros seis meses de vida. A partir desse período, deve ser complementado com alimentos adequados a fim de evitar as graves conseqüências da desnutrição infantil e prevenir possíveis casos de mortalidade e morbidades na infância. Este trabalho visou avaliar os hábitos alimentares de crianças menores de dois anos atendidas pelo Serviço de Atenção ao Desnutrido (SAD) do município de Juiz de Fora – MG, identificando os fatores que mais se associam para o déficit nutricional. O estudo foi realizado com 51 crianças menores de dois anos, de ambos os sexos, através da aplicação de um questionário à mãe ou responsável pela criança. Foi encontrado um percentual elevado de crianças nascidas com baixo peso (23,5%) e prematuras (39,2%). Nenhuma se encontrava em aleitamento materno exclusivo e mais da metade já recebia alimentação artificial. A idade média de inserção no SAD foi de 8,7 meses. A maioria das mães tinha entre 20 e 30 anos (60,8%), possuía baixa escolaridade (72,5%) e trabalhava apenas no lar. Grande parte delas não havia recebido nenhum tipo de informação sobre alimentação complementar, apesar de terem realizado adequadamente o acompanhamento pré-natal. As famílias atendidas pelo SAD possuem baixa renda e mais de um filho vinculado ao programa. O tempo de aleitamento materno exclusivo foi inferior a três meses e a introdução de alimentos complementares foi precoce ou tardia para a maioria das crianças. A dieta infantil apresentou certa variedade de alimentos, no entanto, houve elevado consumo de alimentos de baixo valor nutricional e contra-indicados para a faixa etária analisada. A significância das relações entre variáveis maternas e o perfil alimentar das crianças foi determinada pelo teste qui-quadrado (p<0,05).