Relação entre alimentação regional e IMC em ESF da periferia de Belém

Autores

  • Rafaela Aguiar Rocha de Carvalho Universidade Federal do Pará (UFPA).
  • Antônio Rudyson Maravalhas de Barros Universidade Federal do Pará (UFPA). https://orcid.org/0009-0000-1616-6505
  • Antônio Luiz Sarmento Filho Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Rayssa Pinheiro Miranda Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Fabíola Vasconcelos da Silva Universidade Federal do Pará (UFPA)

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Alimentação, Hipertensão, Diabetes

Resumo

A Atenção Primária à Saúde (APS) encerra grande importância na melhora dos indicadores de saúde da população. A ESF propõe que a atenção à saúde se centre na família, o que leva os profissionais de saúde a entrar em contato com as condições de vida das populações, permitindo-lhes intervenções que vão além das práticas curativas. A avaliação da constituição alimentícia regional, bem como o controle de doenças crônicas, são exemplos de medidas simples e recomendadas para programas de atenção à saúde, visando intervenção em populações de maior risco para desfechos desfavoráveis, diminuindo complicações futuras e gastos públicos com saúde. Como objetivos, buscou-se estabelecer a frequência de utilização de alimentação regional em população de baixo poder socioeconômico, da periferia de Belém, e correlacionar com o Índice de Massa Corpórea e níveis pressóricos. Como metodologia, utilizou-se uma ficha contendo variáveis (índices antropométricos, níveis pressóricos, frequência no consumo de açaí, farinha e produtos embutidos/enlatados) durante consultas do programa HIPERDIA, na Escola Municipal Rotary, no município de Belém-PA. Quanto aos resultados, analisou-se o consumo de açaí, farinha e de enlatados/embutidos. Dos pacientes que consomem farinha em sua dieta, 48% apresentavam níveis pressóricos acima do desejável (> 130x80 mmHg) e 75% apresentavam sobrepeso ou obesidade; entre os que consomem enlatados, 16,6% apresentavam nível pressórico elevado e 80% apresentavam sobrepeso ou obesidade, e entre os que consomem açaí, 33,3% apresentavam níveis pressóricos elevados e 78% apresentavam sobrepeso ou obesidade. Em conclusão, observou-se profundas mudanças nos hábitos alimentares populacionais, na tentativa de agregar tempo e praticidade. Porém, o baixo poder aquisitivo expõe populações, já vulneráveis, a alimentos altamente calóricos e com baixo potencial nutricional. Nesse contexto, a ESF contribui esclarecendo os prejuízos da alimentação inadequada, ensinando alternativas alimentares de baixo custo, a fim de prevenir e tratar a obesidade e doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

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Publicado

2021-06-01

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