Avaliação da adesão ao tratamento farmacológico em uma ESF de Belém, Pará

Autores

  • Rafaela Aguiar Rocha de Carvalho Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Antônio Rudyson Maravalhas de Barros Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Antônio Luiz Sarmento Filho Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Rayssa Pinheiro Miranda Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Fabíola Vasconcelos da Silva Universidade Federal do Pará (UFPA)

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Atendimento, Estratégia Saúde da Família, Adesão ao Tratamento, Medicação

Resumo

Os índices de doenças crônicas não transmissíveis mostram-se elevados em todo o mundo, perfazendo mais de 36 milhões de mortes anuais. Deste modo, faz-se necessário meios para garantir um tratamento efetivo e controle das doenças. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a média de adesão ao tratamento para doenças crônicas em países desenvolvidos é de 50%, sendo ainda menor em países em desenvolvimento. A adesão ao tratamento não depende apenas da prescrição, há vários fatores intrínsecos e extrínsecos relacionados, desde idade e sexo, à escolaridade, nível socioeconômico, até o bom relacionamento com a equipe de saúde. Objetivou-se avaliar a adesão medicamentosa de indivíduos com hipertensão arterial sistêmica e/ou Diabetes Mellitus em uma comunidade periférica de Belém, Pará. Como metodologia, utilizou-se uma ficha de autoria própria, contendo variáveis para a avaliação da adesão medicamentosa durante a realização de consultas do programa HIPERDIA, na Escola Municipal Rotary, no município de Belém, Pará. Encontramos como principais entraves para a adesão ao tratamento, o esquecimento (53,84%), seguido da interrupção do medicamento quando em ausência de sintomas (48,15%). Apesar da maioria afirmar que não sente dificuldades em conversar com os profissionais de saúde (81,48%) e que entendem com clareza o que eles lhe dizem sobre sua doença (77,78%), o número de pessoas que retornam à sua casa sem ter compreendido a consulta é relevante. Nossos dados concordam com a literatura, que acrescenta ainda a falta de convencimento, desconhecimento da gravidade da doença e o alto custo como grandes dificultadores da adesão. Em conclusão, o paciente é coparticipe em seu processo de tratamento, e são claras as falhas observadas em seu proceder. Recomendamos fortalecimento da relação médico-paciente com foco na empatia e clareza, visando melhorar a compreensão do paciente sobre si, e convencê-lo em ser ativo no seu processo de controle de doença.

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Biografia do Autor

Rafaela Aguiar Rocha de Carvalho, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Graduanda em Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Antônio Rudyson Maravalhas de Barros, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Médico pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

Antônio Luiz Sarmento Filho, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Médico pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

Rayssa Pinheiro Miranda, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Médica pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Especialista em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Fabíola Vasconcelos da Silva, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Médica pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Publicado

2021-06-01

Edição

Seção

Resumos

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