PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA COMUNIDADE PERTENCENTE À ÁREA DE RISCO NA CIDADE DE FORTALEZA-CE
Keywords:
Programa Saúde da Família, Área de Risco, Perfil de Saúde, Perfil Epidemiológico, Comunidade, Unidade Básica de Saúde.Abstract
A pesquisa tem como objetivo geral a análise do perfil epidemiológico dos usuários cadastrados na microárea de risco tipo 1, na cidade de Fortaleza-Ceará. Trata-se de um estudo do tipo transversal e analítico, com abordagem quantitativa, realizado no Centro de Saúde da Família da Secretaria Executiva Regional IV da Prefeitura Municipal de Fortaleza-CE., no período de agosto de 2006 a agosto de 2007. Aplicou-se um formulário semiestruturado como instrumento de pesquisa, a fim de coletar as informações. Utilizou-se o programa EXCELL e o programa Preditictive Analitics Software for Windows (PASW), versão 17.0, para o tratamento dos dados. Utilizou-se a técnica de análise descritiva na base de exploração dos dados, além do teste do qui-quadrado, para verificar a existência de associação entre as variáveis envolvidas no estudo, ao nível de significância de 5%. Os resultados apontaram uma comunidade ganhando de um a dois salários mínimos (230 - 55,8%); apenas 50 (10,6%), com ocupação formal; condições sanitárias e habitacionais precárias (159 - 38,6%); elevada quantidade de crianças fora da creche/escola (113 - 35,9%); e prevalência de doenças crônico-degenerativas entre os idosos (45 - 49,5%). Não foi identificada significância estatística, com uma confiabilidade de 95% entre as categorias apresentadas: não adulto e adulto e os tipos de ocupações (p≤0,001); faixa etária escolar das crianças e sexo (p=0,060). Porém observou-se a existência de associação altamente significativa (p≤0,001) entre as categorias da faixa etária escolar e a frequência à escola. A faixa etária dos idosos não se apresentou significativa quando relacionada com sexo (p=0,932), ocupação (p=0,200) e tipo de doença (p=0,281). Conclui-se que o retrato epidemiológico oriundo do estudo aponta suscetibilidade multifatorial elevada da comunidade a patologias e agravos à saúde com flagrante dependência de políticas públicas intersetoriais, para modificação do quadro negativo atual.