Governança Criminal e Novas Empresas Criminosas: Uma Análise do “Domínio de Cidades” no Brasil

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DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2025.v20.50026

Resumo

Diferentes organizações criminosas estabelecem dinâmicas distintas de controle social, com regras (in)formais, consolidando o que a literatura denomina governança criminal. Em alguns casos, esses grupos fazem acordos informais com outros atores do crime para manter seu poder e obter lucros econômicos. Nesse sentido, investigamos a relação entre organizações criminosas estabelecidas, especialmente o Primeiro Comando da Capital (PCC), e quadrilhas envolvidas em crimes contra o patrimônio, mais especificamente roubos a bancos no Brasil. Gerenciando o crime de dentro das prisões, o PCC estabeleceu uma nova lógica de governança criminal, explorando os mercados de drogas ilícitas. Nos últimos anos, observamos a expansão das atividades do PCC para outras partes da América Latina, aplicando sua lógica para controlar rotas internacionais de tráfico de drogas e, em alguns casos, até mesmo a produção de drogas ilícitas. No entanto, embora o tráfico de drogas permaneça o empreendimento mais lucrativo, outros atores, como ladrões de bancos, parecem estar conectados ao PCC e desenvolvendo novas conexões. Realizando trabalho de campo na cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná, observamos como essas quadrilhas operam, suas técnicas e suas conexões com atores criminosos estabelecidos. 

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Biografia do Autor

Leonardo Ostronoff, USP

Sociólogo, Doutor em sociologia pela USP. Atualmente é professor do Departamento de Sociologia e Política da UFSC.

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Publicado

2025-10-07

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Artigos