Bagaceiras são elas: um olhar para intersecções e hierarquizações acionadas por masculinidades não-hegemônicas num bar na região periferizada de Goiânia-GO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2025.v20.43838

Resumo

Este artigo representa um esforço de síntese de pontos discutidos em pesquisa de mestrado. Nele, para cumprir tal propósito, busco privilegiar certa discussão relativa à etnografia do/no Feirão do Chope, bar situado em uma região periferizada da cidade e Goiânia. Em especial busco trazer a tela dados produzidos que permitem um exercício analítico que intersecciona alguns marcadores sociais da diferença, em especial gênero, sexualidade e raça/etnia. Ou seja, nuanço da pesquisa as discussões relativas à categoria êmica “bagaceira” e problematizo seu uso como categoria acusatória por gays para se referir a outros gays jovens, supostamente com menor poder aquisitivo e com uma construção corporal e de performance de gênero que remetem à feminilização. Como resultado conseguimos tanto problematizar uma ideia de igualdade no “mundo gay”, tal qual o faz Isadora Lins França (2012); quanto estabelecer conexões de modo a confirmar a intersecção entre marcadores sociais como gênero, raça e classe com vistas a produção dos lugares sociais hierarquizados e fetichizados em que grupos privilegiados buscam enquadrar outras pessoas e grupos, revelando assim um paralelo contextualizado entre os valores sociais mais gerais e suas possibilidades nas sociabilidades no Feirão do Chope.

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Publicado

2025-10-15

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Artigos