A Maré Vive:

da censura à reinvenção do fazer comunicação comunitária favelada

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DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2024.v19.43736

Resumo

O presente artigo tem como objetivo trazer um pouco da censura sofrida por comunicadores comunitários da Maré durante o ano de 2014. Este ano, 2024, completam-se dez anos que o exército se instalou na Maré, eles permaneceram ali por um ano e cinco meses (2014 a 2015). Naquela época, um grupo de comunicadores e comunicadoras comunitários criou uma página no Facebook intitulada de Maré Vive. Esta página, em menos de uma semana, teve grande repercussão chegando a quase um milhão de visualizações. Por causa da grande repercussão, os comunicadores sofreram censura, outros foram expulsos da favela, além de terem a página clonada. Durante esses anos, depois de terem sofrido tantas perseguições, os comunicadores buscaram outras formas de continuarem os seus devidos trabalhos internamente na Maré. Dez anos depois, em meio a um outro momento de grande ataque à democracia e a uma emergência sanitária, os mesmos comunicadores se reinventaram e se desafiaram mais uma vez se colocando na linha de frente e organizaram um grande movimento de combate à fake news e de distribuição de alimentos em meio a pandemia da Covid-19. Os dois movimentos (em anos diferentes) mostram que os comunicadores são parte importante de mobilização, denúncia, além de buscarem uma auto proteção comunitária em territórios que sofrem constantes com a militarização e violações de direitos, e isto, é independente de marcos históricos. 



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Publicado

2024-09-26