Envolvimento no crime e modos de vivência juvenil: reflexões a partir de trajetórias nas periferias da Região Metropolitana de Porto Alegre
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2025.v20.43263Resumo
Pretendemos refletir sobre o envolvimento no crime discutindo aspectos relacionados a modos de vivenciar a juventude em periferias na Região Metropolitana de Porto Alegre. Partimos da noção de que o crime, como espaço de sociabilidades, também impacta a produção de identidades, atravessando estilos de vida e hábitos juvenis. Assim é que o crime é aqui remetido não aos negócios ilícitos, mas às relações sociais que adquirem significado em torno de sua vivência coletiva. Já o envolvimento diz respeito, em sua acepção literal, à proximidade dos atores com as dinâmicas que se dão em torno de grupos criminais. Buscamos, então, compreender o envolvimento a partir de marcadores das vivências juvenis, analisando a relação de jovens envolvidos com o seu território, o lazer, as afetividades, o aparato estético e o consumo. Os dados utilizados no artigo foram coletados durante a realização de duas pesquisas de mestrado. Foi possível constatar, por meio dessa articulação, que a noção de envolvimento extrapola os limites da prática criminal, sendo esse apenas um de seus vários elementos possíveis. Assim, que o termo é polissêmico, adquirindo sentidos que oscilam de acordo com o contexto e o propósito de uso, bem como com o ator social que o utiliza.
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- 2025-08-27 (2)
- 2025-08-27 (1)
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