Salud mental y resocialización:
tensiones y desafíos
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2021.v16.33802Resumo
As prisões latino-americanas caracterizam-se por altos níveis de superlotação e violência institucional, bem como por abrigar uma maioria de jovens oriundos de contextos de pobreza e vulnerabilidade.
Da mesma forma, o encarceramento afeta a saúde mental dessas pessoas, em decorrência da violência cotidiana, da falta de privacidade, do afastamento da família e do ócio forçado, sendo o uso de drogas uma forma de amenizar esse sofrimento.
No entanto, os efeitos do encarceramento na saúde mental não têm sido suficientemente abordados, em parte porque o papel da psicologia nesses contextos tem sido sufocado pela demanda de contribuir para os processos de ressocialização da população prisional. Esta ressocialização, quando não se oferecem condições de estudo, formação laboral e posibilidades de inserção social futura, torna-se um imperativo vazio, uma ficção necessária à continuidade deste tipo de instituições.
Este texto, a maneira de ensaio, tenta mostrar as tensões e contradições entre os objetivos de ressocialização que a prisão impõe e uma perspectiva de saúde mental que dimensione formas de relação solidárias e amplas, tomando como referência para isso uma experiência de intervenção realizada na prisão de Villahermosa em Cali, Colômbia.