Juventude e Sociologia no Ensino Médio:
origens sociais, representações e possibilidades de ensino
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2021.v16.31152Resumo
Este artigo trata das origens sociais e das representações da juventude estudantil do Ensino Médio da cidade de Uberlândia, Minas Gerais. O problema da pesquisa consiste em investigar quem são esses jovens e de que forma conhecê-los pode favorecer o ensino de Sociologia. Os fundamentos teóricos apresentados estão edificados em autores advindos da Sociologia da Educação e da Sociologia da Juventude, já que estas contêm a tríade, Sociologia-jovem-educação, que figura como linhas mestras das reflexões levantadas aqui. A pesquisa empírica está alicerçada em teor quantitativo, com a aplicação de questionários e formação de um banco de dados contendo as principais características desses discentes. Com base nesse quadro empírico, reconstrói-se o perfil geral dos estudantes: 15 a 18 anos de idade, maioria mulheres, pardas, evangélicas e com renda familiar até dois salários mínimos, cujos ascendentes também lhes conferem pertencimentos sociais. Adicionalmente, são avaliadas as representações dos estudantes acerca da escola, bem como suas dificuldades emocionais. Essas variáveis permitem a compreensão das origens sociais, econômicas e culturais dos jovens estudantes, com uso sugestivo para servir de parâmetro às aulas, notadamente as de Sociologia que integra e consolida em seu conteúdo programático os temas sociais ora analisados.