Realismo Crítico, anti-utilitarismo e engajamento axiológico

Autores

  • Frédéric Vandenberghe Universidade Federal de do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2019.v14.27891

Resumo

Este paper é um apelo à resistência, cooperação e reconstrução. Quero sugerir que, se quisermos recolocar a teoria social de volta nos trilhos, precisamos reconectá-la à filosofia e remover alguns dos escombros - não apenas do positivismo, mas também do decisionismo e do utilitarismo. Se quisermos avançar e reconstruir a sociologia como uma ciência social, moral e humana, precisamos construir uma base mais ampla, progressiva e diversificada, alicerçada numa tríplice aliança contra: o positivismo, a neutralidade axiológica e a escolha racional. A questão crucial não é, no entanto, entrar numa briga, mas abrir caminho para uma nova ciência social e uma nova sociedade. Nem o realismo crítico nem o antiutilitarismo são doutrinas negativas. Ao contrário, ambas são eminentemente positivas. Proponho uma junção entre o movimento do Realismo Crítico e o Movimento Antiutilitarista nas Ciências Sociais (MAUSS). O que desejamos é uma alternativa construtiva e reconstrutiva ao positivismo e ao utilitarismo, que seja filosoficamente fundamentada, não concebendo a sociedade como um sistema fechado, como eles o fazem, mas sim como um sistema aberto à sua própria transformação e à emancipação do ser humano, entendendo este não como um agente calculador, mas como um doador, um cuidador e um ativista existencial.

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Publicado

2020-01-17