Desmobilizações juvenis e a reimaginação da resistência na contemporaneidade em contraste com o período contracultural
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2018.v13.12406Resumo
A proposta deste artigo é pensar experiências de vida juvenis contemporâneas que vêm esboçando agendas propositivas de como operar a subjetividade diante da demanda constante de prontidão para a ação, da maximização da competitividade no mundo do trabalho e do permanente estado de aceleração que vem atravessando seus cotidianos provocados pelas dinâmicas capitalistas atuais em nossa sociedade. Para isso, buscaremos refletir sobre tais funcionamentos subjetivos jovens a partir de suas (des)continuidades em relação aos modos operativos contraculturais típicos da década de 1960 e 1970. Nossa aposta analítica trafega sobre os remanejamentos contemporâneos dos mecanismos de ruptura, desvio, oposição, mal-estar e resistência que marcaram tais formas de ação política da juventude contracultural, convertidas hoje em ações que nomearemos de desmobilizações e virar, caracterizada por modos de comportamento que em muitos aspectos os aproximam mais da prática da resiliência do que da resistência contracultural típica dos anos 1960 e 1970.