“Coletivo”, “ativista” e “horizontal”: uma análise de categorias em uso no movimento social contemporâneo

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DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2018.v13.12382

Resumo

Na última década, as mudanças no formato do movimento LGBT favoreceram a emergência de outros tipos de organização e de formas de atuação política, como é o caso do ENUDS. O Encontro Nacional Universitário da Diversidade Sexual (ENUDS) surgiu no ano de 2003 e reúne desde então, em edições anuais, grupos e coletivos que se articulam em torno da temática sobre gênero e sexualidade, consolidando-se como espaço de discussão acadêmica e política. A trajetória do Encontro mostra-nos como que em diferentes contextos históricos são criados modelos de diferenciação e demarcação em relação a certos “outros”. Tais diferenciações se manifestam de inúmeras formas e sua análise orientou-se a partir de determinadas categorias que emergiram no campo. Nesse sentido, as categorias como “estudantil/universitário”; “ativista/militante”; “grupo/coletivo”; “institucionalizado/não-institucionalizado” e “horizontalidade” foram evocadas no decorrer das edições, utilizadas pelas organizações e sujeitos que compõem o espaço como meio de diferenciar-se. Com isso, a proposta deste artigo é analisar estas categorias que surgem no campo. Assim, através desta análise, explorar os processos de diferenciação do ENUDS, que se estruturam, principalmente, no nível geracional, em relação aos três atores sociais de maior relevância neste espaço: i) movimento LGBT; ii) movimento estudantil; iii) a “academia”. Pelo fato de algumas dessas categorias existirem no campo político e no campo científico, para além do ENUDS, seu estudo também possibilitará analisar sua incidência em outros espaços, de modo a trazer uma contribuição de aprofundamento dos conceitos. Por fim, busca-se elucidar quais seriam os modelos de formação e organização do fazer política e fazer-se como sujeito político do ENUDS.

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Biografia do Autor

Stephanie Lima, Universidade Estadual de Campinas

Graduanda em ciências sociais pela universidade federal do rio de janeiro (UFRJ). Mestre em saúde coletiva pelo instituto de medicina social (IMS/UERJ) e atualmente doutoranda no programa de pós-graduação em ciências sociais na universidade estadual de campinas (UNICAMP). Desenvolve estudos nas áreas de antropologia urbana, estaudos raciais, gênero e sexualidade.

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Publicado

2018-07-23