Primavera secundarista: as ocupações nas escolas estaduais públicas de Uberlândia- -MG em 2016

Autores

  • Marili Peres Junqueira Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Humanas Departamento de Ciências Sociais

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2017.v12.12358

Resumo

O presente trabalho visa apresentar o processo, os impactos e os desafios das ocupações das Escolas Estaduais de Ensino Médio ocorridas em Uberlândia no final de 2016. Uberlândia tem trinta escolas estaduais urbanas que oferecem Ensino Médio regular e presencial, e destas 25 foram ocupadas e a escola federal (urbana e rural) foi ocupada. O movimento de ocupação das escolas contra a PEC 55 e a MP 476 foi algo inédito para a cidade e transformador para os jovens. A análise foi realizada por meio da observação participante nas escolas ocupadas e pelas cartas de desocupação das escolas. Um dos pontos abordados na análise foi a modificação positiva com relação aos conhecimentos e conteúdos da Sociologia durante a ocupação e nas cartas de desocupação. Outra questão analisada por meio da teoria de Castells, foi a forma e a velocidade de comunicação realizada pelas redes sociais e similares entre os estudantes, professores e apoiadores do movimento de Uberlândia e com outras localidades. A comunicação foi fundamental para a abrangência, a sincronia e o rápido tempo de implantação das ocupações, cerca de uma semana e meia. O mesmo padrão de ocupação, interações e apoios entre as escolas mostram o poder da comunicação e da rede formada. A análise realizada nas cartas e nos depoimentos mostraram como foi importante existir o ensino de Sociologia naquele momento na escola. A Sociologia tem um papel fundamental na formação do estudante, mas não tem sido fácil o seu processo de efetivação e permanência na escola.

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Publicado

2017-10-02