Da viagem física à jornada interior: alegorias e identidade cultural em road movies brasileiros (1960-2015)

Autores

  • Gheysa Lemes Gonçalves Gama Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais - campus Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/2318-101X.2017.v12.12308

Resumo

Este artigo pretende investigar a mudança na representação da identidade cultural analisando o papel alegórico desempenhado pela estrada nos road movie brasileiros lançados entre 1960 e 2015. A hipótese revela que este grupo de obras fílmicas apresenta, num determinado momento histórico, representações de identidade coletiva (a identidade nacional), modificando-se posteriormente, para representar uma identidade fragmentada. Como resultado desse esforço observa-se a existência daquilo que presentemente estamos chamando de duas fases do road movie brasileiro: a “Viagem Física” (congrega filmes lançados entre a década de 1960 até 1998) e a “Jornada Interior” (com filmes de 1998 até 2015). O que mais diferencia essas duas fases são as alegorias assumidas pela estrada nestes road movies, que se modificam, ao mesmo tempo em que se verifica mudança na própria identidade cultural. Se na primeira fase a estrada é apresentada como uma alegoria da nação e do povo brasileiro, na segunda começa a representar a transformação individual, odisseia subjetiva, um espaço existencial, de transformação, que se configura como um ritual de passagem. Tal premissa será analisada a partir do estudo de seis filmes nacionais, que compreendem o gênero road movie.

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Biografia do Autor

Gheysa Lemes Gonçalves Gama, Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais - campus Juiz de Fora

Doutora e Mestre em Ciências Sociais, graduada em Turismo e professora no IF Sudeste MG - campus Juiz de Fora.

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Publicado

2017-11-30