Um Caminho Pelas Cores: cinema e ética na trilogia de Kieślowski
DOI:
https://doi.org/10.34019/2318-101X.2017.v12.12305Resumo
O objetivo deste artigo é caracterizar o estilo e a imagética da obra Trilogia das Cores, do diretor polonês Krzysztof Kieślowski. Para tanto, segue-se três caminhos analíticos: cruzamentos e comparações estéticas e temáticas entre os filmes, a problematização do efeito de certas escolhas técnicas e o exame de suas implicações cinematográficas, éticas e políticas. O argumento é de que as narrativas construídas nos longas operam a partir de uma dialética entre as convenções clássicas do cinema e a subversão dessas mesmas convenções. O texto, nessa medida, pretende refletir sobre as invenções – ou “estilos inventivos”, segundo Roy Wagner – sugeridas por Kieślowski em relação à dificuldade do encontro com o outro e da construção da alteridade na contemporaneidade, tendo em conta o lema que serve de pano de fundo para a produção dos filmes: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Afinal, como o diretor problematizou a atualidade desses ideais a partir do contexto de unificação europeia de então e como tais ideais atravessam a trajetória das personagens dos longas que compõem a Trilogia?Downloads
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