O samba de exaltação: Convergências e conflitos na construção discursiva da identidade nacional

Autores

  • Maria Fernanda de França Pereira Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Humanas Departamento de Ciências Sociais

Resumo

A proposta deste artigo é analisar de que maneira diversos atores sociais contribuíram no processo de
nacionalização do samba e na sua transformação em referência identitária e locus discursivo da brasilidade. Este
gênero musical nasce regional, carioca, através de negociações, trocas e interesses entre as classes hegemônicas
e subalternas, vai transfigurando-se em nacional-popular. Os intelectuais, como Gilberto Freyre, o Estado
Novo (1937-1945), o rádio e as classes populares participaram ativamente na invenção do samba enquanto
tradição da cultura brasileira. O samba cívico ou samba de exaltação faz uma representação sonora da Brasil
neste momento de preocupação da construção e consolidação da identidade brasileira durante o Estado
Novo. A fim de evidenciaremos a materialização ideológica do nacionalismo estadonovista, realizaremos uma
análise interpretativa da composição Aquarela do Brasil de Ary Barroso, o mais famoso samba de exaltação,
que emerge neste contexto, especificamente, para exaltar o país e narrar a brasilidade.

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Publicado

2014-06-04