Musca domestica (Diptera, Muscidae) associada ao excremento de aves
Abstract
O acúmulo de esterco que ocorre no confinamento de aves propicia um ambiente favorável para a reprodução da Musca domestica. Esforços vêm sendo feitos para o controle deste hospedeiro paratênico, mas apenas o conhecimento de sua biologia neste ambiente antrópico pode proporcionar o desenvolvimento de um plano de manejo integrado para seu controle. A amostragem foi feita através do método “jug-trap” modificado, com nove armadilhas instaladas duas vezes por semana, totalizando 96 coletas de 11 horas cada, em três estratos: no solo e a um e dois metros dele. Avaliou-se como fontes de variação, o mês, temperatura, umidade relativa, pluviosidade e acúmulo de excremento, sendo a dispersão mensal da mosca estabelecida através de climograma com determinação de zonas ótimas, tolerantes e raras. Este demonstrou que as condições ótimas então entre 30,7 e 32,4 °C e 25 e 37% de umidade relativa enquanto a condição mais desfavorável correspondeu a 37,4 a 44,5 °C com umidade variando entre 29 a 35%. 113.952 moscas foram coletadas sendo 76% delas nas armadilhas de solo com uma forte correlação positiva para altura do substrato depositado e o número de moscas, uma característica local que parece diferir do entendimento geral para outras regiões até então avaliadas.