Um meio moldado pela gambiarra

Como trapaças e regulações econômicas nos videogames moldaram a cultura digital nacional

Autores

Resumo

A história dos videogames no Brasil é profundamente influenciada por gambiarras, adaptações para contornar restrições políticas e econômicas. Desde clones do Atari 2600 até alterações em jogos para refletir a cultura local, a indústria de jogos brasileira se desenvolveu em resposta a desafios únicos que mediavam o desejo de consumo de seus públicos, questões econômicas e restrições legais. A partir de uma pesquisa bibliográfica e o revisitar de jogos adaptados extra-oficialmente no país, podemos afirmar que a pirataria, contrabando e modificações em software e hardware estrangeiro tornaram-se práticas comuns e aceitas. Mais recentemente, a Internet mudou a distribuição e a modificação de jogos, mas também trouxe travas mais rígidas. Embora infrações de direitos autorais fossem comuns, a indústria evoluiu, culminando na distribuição digital protegida. Esse passado destaca a resiliência e adaptabilidade da cultura de jogos brasileira.

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Biografia do Autor

Roberto Tietzmann, PUCRS

Doutor em Comunicação Social. Pesquisador e professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS. Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUCRS. Tem como interesses de pesquisa zonas de contato entre audiovisual, design e tecnologia. Professor visitante na Faculté des Sciences du Sujet et de la Société na Universidade Paul Valéry, Montpellier III, na França. Coordenador do grupo de pesquisa ViDiCa – Cultura Digital Audiovisual e do LABiM – Laboratório de Imagem Digital. Pesquisador do programa Pesquisador Gaúcho da Fapergs. E-mail: rtietz@pucrs.br

André Fagundes Pase, PUCRS

Pós-Doutor em Jogos Eletrônicos pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Doutor em Comunicação Social pela Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2008). Graduado em Jornalismo (2000) com mestrado em Comunicação Social (2004) também pela Famecos/PUCRS. Coordenador da Especialização de Desenvolvimento de Jogos Digitais e professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação nesta Universidade. É bolsista de Produtividade do CNPq - Nível 2 e bolsista do programa Pesquisador Gaúcho da Fapergs. Pesquisa Internet, Jornalismo Online, vídeo online, videogames, TV Digital, convergência de mídias, mobilidade, música, cultura digital, narrativas transmidiáticas e histórias em quadrinhos.

 

Giovanni Pasquali Piovesan, PUCRS

Mestrando em Comunicação Social na PUCRS.

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Publicado

2024-02-26