Domínios de recursividade na morfologia avaliativa do português brasileiro

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Palabras clave:

Morfologia avaliativa 1. Recursividade 2. Morfopragmática 3. Ordem de afixos 4. Morfofonologia

Resumen

Neste artigo, investigamos dados de morfologia avaliativa recursiva no português brasileiro (livr-equ-inh-o, film-ão-zaç-o), retirados da rede social X, de modo a observarmos, de maneira geral, quais interações semântico-pragmáticas e morfofonológicas são possíveis nesses casos e, de maneira específica, qual tipo de leitura semântica e quais expoentes formais são passíveis de ocorrer em posições mais externas. Após o levantamento e a análise de dados com formas de diminutivo (-uch, -ec e -(z)inh) e com formas de aumentativo (-(z)aç e –(z)ão), nós pudemos observar que: a) semanticamente, enquanto as posições internas podem contribuir com leituras semântico-pragmáticas diferentes, as posições mais externas contribuem com um significado de intensidade que tem escopo sobre a avaliação anterior; b) morfofonologicamente, o sufixo -(z)inh ocupa a posição mais externa em contextos de diminutivo, enquanto, para os aumentativos, a ordem entre -(z)aç e -(z)ão é variável.

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Publicado

2024-12-23

Número

Sección

Artigos