AVALIAÇÃO DO PERFIL DE TOLERÂNCIA DE CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS E CRYPTOCOCCUS GATTII FRENTE A FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS
Palavras-chave:
Tolerância, Cryptococcus, Agentes antifúngicosResumo
INTRODUÇÃO: O gênero Cryptococcus é descrito com aproximadamente 70 espécies, das quais Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii se destacam como as mais frequentes nos casos de criptococose humana e animal. O tratamento farmacológico da criptococose é limitado, com o uso de três fármacos principais, anfotericina B, flucitosina e fluconazol. O
tratamento das infecções microorganismos (MOs) enfrenta dificuldades relacionadas à sua por capacidade adaptativa. Além dos mecanismos de resistência, algumas linhagens podem apresentar mudanças comportamentais fenotípicas em parte de suas células, o que é denominado fenômeno de tolerância. Este fenômeno pode ser caracterizado como havendo um comportamento em testes de concentração inibitória mínima (CIM) igual ao dos MOs suscetíveis ao tratamento, entretanto, seu tempo mínimo de morte (MDT) para matar 99% da população microbiana (MDT99) é maior do que nas populações suscetíveis, devido à sua capacidade de permanecer em crescimento mesmo quando sob tratamento. Considerando que mecanismos adaptativos de comportamento tolerante induzem um falso senso de cura, com possibilidade de recidiva de pacientes, é importante avaliar linhagens de C. os diferentes mecanismos de tolerância desenvolvidos por neoformans e de C. gattii frente a diferentes antifúngicos. OBJETIVOS: Avaliar o perfil de tolerância de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii frente a fármacos antifúngicos. MATERIAL E MÉTODOS: As linhagens utilizadas na presente pesquisa serão cedidas pelo professor Daniel de Assis Santos, do laboratório de microbiologia da UFMG. Linhagens ATCC (American Type Culture Collection) serão submetidas a testes com os fármacos fluconazol, anfotericina B e itraconazol. Após realização da CIM dessas linhagens em intervalos de 24 horas entre o tempo 48h e o tempo 120h, somada à análise de ensaios de disco difusão por meio do programa DiskImageR, serão selecionadas linhagens com perfis tolerantes, cujos mecanismos de tolerância serão avaliados in vitro. Serão realizadas análises morfométricas, efeito pós antifúngico, potencial zeta, análise de espécies reativas, análise de Spot com termotolerância, desafio com os fármacos, indução de fagocitose e quantificação de ERG11. Elucidados os possíveis mecanismos de tolerância, as mesmas análises poderão ser executadas entre células selvagens e células sabidamente mutantes da mesma espécie, para verificação da contribuição de mutações para o desenvolvimento do perfil de tolerância. A curva de sobrevivência in vivo e a determinação da carga fúngica dos órgãos afetados por C. netoformans e C. gattii serão avaliadas. RESULTADOS ESPERADOS: Ao final da pesquisa espera-se poder identificar o perfil de alterações nas cepas de C. neoformans e C. gattii por meio da metodologia utilizada, permitindo avaliações futuras da presença dessas características em cepas infectantes cujo tratamento não se mostrou resolutivo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Gabriella Freitas Ferreira, Mariana de Almeida Rosa Rezende

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Permite: Compartilhar e adaptar para qualquer propósito, exceto comercialmente.
- Requisitos: Atribuição, NonCommercial e ShareAlike (se você remixar, transformar ou criar a partir do material, deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original).