Influência da lâmina de chumbo como atenuante de radiação ionizante na resistência de união de pinos de fibra de vidro em raízes submetidas á radioterapia
Palavras-chave:
Radioterapia, Pinos dentários, Neoplasias de cabeça e pescoço.Resumo
O objetivo no presente estudo foi avaliar a influência da utilização da lâmina de chumbo, como material atenuador da radiação ionizante, na resistência de união entre pinos de fibra de vidro e a dentina radicular em raízes bovinas submetidas à radioterapia. Foram utilizadas 50 raízes de incisivos bovinos, divididas em cinco grupos (n=10): grupo controle (GO), grupo radioterapia após a cimentação do pino (G1), grupo radioterapia previamente à cimentação do pino (G2), grupo radioterapia com lâmina de chumbo após a cimentação do pino (G3) e grupo radioterapia com lâmina de chumbo previamente à cimentação do pino (G4). Todas as raízes foram tratadas endodonticamente, recobertas com poliéter e incluídas em resina acrílica. Para cimentação dos pinos de fibra de vidro, os canais foram desobturados em 12 mm e os pinos foram cimentados com cimento resinoso dual. Foram preparadas coroas totais com base em matrizes de silicone e as amostras submetidas ao envelhecimento mecânico (1.200.000 ciclos; 90N; 4Hz). As raízes foram irradiadas com raios gama de cobalto-60, com doses de 2 Gy por dia, 5 dias por semana, durante 6 semanas, totalizando uma dose de 60 Gy, Para confecção da lâmina de chumbo foram utilizadas películas de chumbo descartadas de filmes radiográficos periapicais. As raízes foram seccionadas em fatais de 1 mm de espessura, submetidas ao teste de push-out (100N; 0,5mm/min) e analisadas em esteromicroscópio para classificação do modo de falha. Para comparação dos valores de resistência de união foi aplicado a ANOVA one-way, com teste post Hoc de Bonferroni a 5%, além de estatística descritiva para a análise do modo de falha. O grupo controle apresentou os maiores valores de resistência de união, diferindo de forma significante (p<0,05) dos grupos onde a radioterapia foi realizada após os procedimentos restauradores (G1 e G3). Apesar da presença da lâmina de chumbo ter elevado os valores de resistência de união, não houve diferença estatisticamente significante (p>0,05). As falhas adesivas foram predominantes em todos os grupos. Concluiu-se que a lâmina de chumbo não foi capaz de elevar de forma significante os valores de resistência de união entre o pino de fibra de vidro e a dentina radicular.
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