Aspectos contextuais e pessoais influenciadores do consumo de chocolate

Autores

  • Marcia Baroni Nader Costa Smith Universidade Federal do Espírito Santo (Vitória), Brasil
  • Paulo Rogério Meira Menandro Universidade Federal do Espírito Santo (Vitória), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.24879/20150090010019

Resumo

O presente trabalho buscou conhecer e analisar fatores que influenciam o consumo de chocolate de um conjunto de pessoas e as modalidades de explicação ou justificação que apresentam para o seu padrão de consumo e para o tipo de interesse que têm pelo chocolate. Os dados foram coletados por meio de questionário. Participaram 313 homens e mulheres, a maioria (63,3%) com idade entre 16 e 25 anos. Houve interesse especial na discussão das diferenças encontradas quando os padrões de consumo de homens e mulheres são comparados. Ficou evidente, no grupo de participantes, que a influência de muitos dos aspectos considerados sobre o consumo do chocolate não se processa de forma idêntica sobre homens e mulheres. A representação de chocolate que os participantes revelaram, ao realizarem uma tarefa de evocação, mostra expressiva similaridade, com poucos aspectos divergentes. Os dados mostram que, no caso das mulheres, a seleção de alimentos é mais influenciada por fatores culturais ou factuais relacionados às variações de estados afetivos, o que pode contribuir para a discussão do comportamento alimentar em suas várias facetas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abric, J. C. (1998). Abordagem Estrutural das
Representações Sociais. In: A.S.A. Moreira &
D.C. de Oliveira (Orgs.) Estudos Interdisciplinares
de Representação Social (27-38). Goiânia: Editora
AB, 1998.
Beckett, S. T. (2008). The Science of chocolate. Londres:
The Royal Society of Chemistry.
Benford, R. & Gough, B. (2006). Defining and
Defending ‘Unhealthy’ Practices: A Discourse
Analysis of Chocolate ‘Addicts’’ Accounts. Journal
of Health Psychology, 11(3), 427-440.
Benton, D. & Donohoe, R. (1999). The effects of
nutrients on mood. Public Health Nutrition, 2(3a),
403-409.
Benton, D., Greenfield, K. & Morgan, M. (1998).
The development of the attitudes to chocolate
questionnaire. Personaliy and Individual Differences,
24(4), 513-520.
Birch, L. L. (1990). Development of food acceptance
patterns. Developmental Psychology, 26(4), 515-519.
Cartwright, F. & Stritzke, W. G. (2008). A
multidimensional ambivalence model of chocolate
craving: construct validity and associations with
chocolate consumption and disordered eating.
Eating Behaviors, 9(1), 1-12.
Centro de Documentação e Memória da Chocolates
Garoto. (2009). Chocolates Garoto: 80 anos, uma
história de sucesso. Vila Velha: Publicação Institucional.
Christensen, L. & Brooks, A. (2006). Changing food
preferences as a function of mood. The Journal of
Psychology, 140(4), 293-306.
Coe, S. D. & Coe, M. D. (1999). La verdadera
historia del chocolate. México: Fondo de Cultura
Econômica.
Costa, A., Lage, D. & Moisés, T.A. (2010). Acne
e Dieta: verdade ou mito? Anais Brasileiros de
Dermatologia, 85(3), 346-353.
Damasceno, V., Lima, J., Vianna, J. Vianna, R. &
Novaes, J. (2005). Tipo físico ideal e satisfação com
a imagem corporal de praticantes de caminhada.
Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 11(3),
181-186.
Durkin, K., Rae, K. & Stritzke, W.G. (2011). The
effect of images of thin and overweight body
shapes on women’s ambivalence towards chocolate.
Appetite, 58(1), 222-226.
Fletcher, B. C., Pine, K. J., Woodbridge, Z. & Nash,
A. (2007). How visual images of chocolate affect
the craving and guilt of female dieters. Appetite,
48(2), 211-217.
Garcia, R. W. D. (2003). Reflexos da globalização na
cultura alimentar: considerações sobre as mudanças
na alimentação urbana. Revista de Nutrição, 16(4),
483-492.
Hermé, P. (2006). Larousse do Chocolate. São Paulo:
Larousse do Brasil.
Hormes, J. & Rozin, P. (2009). Perimenstrual
chocolate craving. What happens after menopause?
Appetite, 53(2), 256-259.
Kiefer, I., Rathmanner, T. & Kunze, M. (2005).
Eating and dieting differences in men and women.
Journal of Men’s Health & Gender, 2(2), 194-201.
Ogden, J. (2010). The Psychology of Eating. Reino
Unido: Blackwell PublishingParker, S., Kamel, N. & Zellner, D. A. (2003). Food
craving patterns in Egypt: comparisons with North
America and Spain. Appetite, 40(2), 193-195.
Quaioti, T. C. B. & Almeida, S. S. (2006). Determinantes
psicobiológicos do comportamento alimentar: uma
ênfase em fatores ambientais que contribuem para a
obesidade. Psicologia USP, 17(4), 193-211.
Sampaio, H. A. C. (2002). Aspectos nutricionais
relacionados ao ciclo menstrual. Revista de
Nutrição, 15(3), 309-317.
Silva, I., Pais-Ribeiro, J. L. & Cardoso, H. (2008).
Porque comemos o que comemos? Determinantes
psicossociais da seleção alimentar. Psicologia, Saúde
& Doenças,
9(2), 189-208.
Vergès, P. (2000). EVOC - Ensemble de Programmes
permettant l`analyse dês évocations: manual
version 2. Aix-en-Provence: Lames.
Viana, V., Santos, P. L. & Guimarães, M. J. (2008).
Comportamento e hábitos alimentares em crianças
e jovens: uma revisão da literatura. Psicologia,
Saúde & Doenças,
9(2), 209-231.
Wansink, B., Cheney, M. M. & Chan, N. (2003).
Exploring comfort food preferences across age and
gender. Physiology and Behavior, 79, 739-747.
Yamamoto, M. E. & Lopes, F. A. (2004). Dize-me
o que falas e te direi o que comes: aquisição da
linguagem e composição da dieta em crianças.
In: M.L.S. Moura (Org.). O bebê do século XXI
e a psicologia em desenvolvimento (205-227). São
Paulo: Casa do Psicólogo.
Yanovski, S. (2003) Sugar and Fat: cravings and
aversions. The Journal of Nutrition, 133(3),
835S-837S.
Zellner, D. A., Garriga-Trillo, A., Centeno, S., &
Wadsworth, E. (2004). Chocolate craving and the
menstrual cycle. Appetite, 42(1), 119-121.
Zellner, D. A., Loaiza, S., Gonzalez, Z., Pita, J.,
Morales, J., Pecora, D. & Wolf, A. (2006). Food
selection changes under stress. Physiology and
Behavior, 87(4), 789-793.

Downloads

Publicado

2016-10-04

Edição

Seção

Artigos