“Célula de proteção comunitária”
efeitos no cotidiano de jovens negros em Fortaleza
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-1247.2019.v13.26818Palabras clave:
Necrobiopolítica, Dispositivo de segurança, Juventude, RacismoResumen
O objetivo deste artigo é problematizar efeitos psicossociais da implantação da Célula de Proteção Comunitária (CPC) na região do Grande Jangurussu, na periferia de Fortaleza, tomando por base produções discursivas de jovens negros sobre tal dispositivo de segurança. Metodologicamente, a pesquisa foi realizada a partir de uma cartografia como método de pesquisa-inter(in)venção. Para responder a essas questões, recorreu-se a estudos foucaultianos sobre dispositivos de segurança, biopolítica e governamentalidade, estudos anti-coloniais sobre necropolítica e suas implicações em corpos negros e territorialidades periferizadas. Os resultados indicam que, orientando-se por uma racionalidade necro e biopolitica, tal implantação da Célula de Proteção Comuntiária tem implicado na produção do medo e da manutenção da lógica de controle sobre corpos e territórios racializados e historicamente estigmatizados.