AS MULHERES DA COLÔNIA DE ALIENADAS DO ENGENHO DE DENTRO

Autores/as

  • Renata Patricia Forain de Valentim Universidade do Estado do Rio de Janeiro http://orcid.org/0000-0001-6272-0693
  • Letícia Palmeira Martins Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Mariah da Silva Martins Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Tamiris Rejane Moreira Freitas Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-1247.2019.v13.23786

Palabras clave:

história da psicologia, história das mulheres, seção Esquirol, colônia de alienadas do Engenho de Dentro, dialogia.

Resumen

O objetivo desse trabalho foi investigar a transferência das 334 mulheres indigentes da seção Esquirol, ala do Hospício Nacional de Alienados, para a Colônia de Alienadas do Engenho de Dentro. A hipótese é a de que a criação da colônia foi a ratificação de uma política de tratamento que extrapolou o saber psiquiátrico e fez confluir temas e discursos diversos, tais como feminilidade, republicanismo, trabalho e pobreza. Na análise desse campo de diálogo espera-se compreender a participação do ideário psiquiátrico nas formulações que marcaram a compreensão acerca da mulher pobre durante a primeira república e inserir o aparecimento destas ideias no conjunto de instrumentos de regulação social que precisaram ser reconstruídos após a crise institucional do segundo reinado.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Renata Patricia Forain de Valentim, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Psicologia. Professora no Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Letícia Palmeira Martins, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Bolsista de Iniciação Científica da FAPERJ.

Mariah da Silva Martins, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Bolsista de Iniciação Científica da UERJ.

Tamiris Rejane Moreira Freitas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Bolsista de Iniciação Científica da UERJ.

Citas

Amarante, P. (1994). Psiquiatria Social e Reforma Psiquiátrica. Rio de Janeiro: Fiocruz.
Arquivo Nacional. (1911-1918). Série Saúde. Ofícios, processos e relatórios. IS³. Rio de Janeiro.
Bakhtin, M (1929/2013) Problemas da Poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro: Forense.
Birman, J. (2010, dezembro). A cena constituinte da psicose maníaco-depressiva no Brasil. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 17(2), 345-371. Recuperado em 12 de janeiro de 2018, de https://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702010000600005
Brait, B. (2013) Bakhtin e a natureza constitutivamente dialógica da linguagem. In Brait, B. (Org.) Bakhtin: Dialogismo e Construção de sentido. pp. 87-99. Campinas: Unicamp.
Burman, E. (2004) Psychology discourse practice: From regulation to resistance. In Burman et al (Org.) Psychology Discourse Practice. pp. 1-15. Oxon: Taylor & Francis.
Charaudeau, P. & Maingueneau, D. (2004). Dicionário de Análise do Discurso. São Paulo: Contexto.
Engel, M. G. (2001). Os delírios da Razão: Médicos, loucos e hospícios (Rio de Janeiro, 1830-1930). Rio de Janeiro: Fiocruz.
Facchinetti, C., Ribeiro, A. & Muñoz, P. F. (2008, junho). As insanas do Hospício Nacional de Alienados (1900-1939). História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 15, 231-242. Recuperado em 06 de abril de 2018, de https://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702008000500012
Facchinetti, C. et al. (2010, dezembro). No labirinto das fontes do Hospício Nacional de Alienados. História, Ciências, Saúde – Manguinhos,17,733-768. Recuperado em 20 de maio de 2018, de http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v17s2/31.pdf
Maluf, M. & Mott, M. L. (1998). Recônditos do Mundo Feminino. In Sevcenko, N. & Novais, F. A. (Orgs.), História da Vida Privada no Brasil - República: da Belle Époque à Era do Rádio, v:3 (pp. 368-420). São Paulo: Companhia das Letras.
Oda, A. M. G. R. (2011, dezembro). Juliano Moreira e a (sua) história da assistência aos alienados no Brasil. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 14(4), 721-727. Recuperado em 13 de maio de 2018, de https://dx.doi.org/10.1590/S1415-47142011000400011
Orlandi, E. (2012) Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos. Campinas: Pontes.
Patto, M. H. S. (1999) Estado, ciência e política na Primeira República: a desqualificação dos pobres. Estudos avançados, 13 (35), 167-198.
Portocarrero, V. (2002) Arquivos da loucura: Juliano Moreira e a descontinuidade histórica da psiquiatria. Rio de Janeiro: Fiocruz.
Schwarcz, L. M. (2012). História do Brasil nação. In Schwarcz, L. M. (Org.) A Abertura para o Mundo: 1889-1930, v:3 (pp.). Rio de Janeiro: Objetiva.
Soihet, R. (1989). Condição Feminina e Formas de Violência: Mulheres pobres e ordem urbana (1890-1920). Rio de Janeiro: Forense.
Vieira, E. (1999). A medicalização do corpo feminino. Rio de Janeiro: Fiocruz.

Publicado

2019-11-06