Consultório na Rua: percepção de profissionais e de usuários sobre redução de danos
DOI:
https://doi.org/10.24879/2017001100200164Resumen
O estudo objetivou descrever ações de Redução de Danos (RD) desenvolvidas no Consultório na Rua (CR) do município de Goiânia, segundo relatos de profissionais e de pessoas atendidas. Participaram nove profissionais e quatro usuários de álcool e outras drogas em situação de rua. A metodologia foi qualitativa com roteiros de entrevista e utilização da análise de conteúdo. Categorias foram identificadas a partir de relatos dos profissionais: o foco do CR é RD e não abstinência; CR e RD favorecem escuta e vínculo. Quanto aos usuários foram identificadas categorias como: reduziu o consumo de substâncias psicoativas; equipe acompanha e orienta sobre RD. As contribuições direcionam-se ao aperfeiçoamento das políticas públicas para a atenção de pessoas usuárias em situação de rua.
Descargas
Citas
Andrade, T.M. (2011). Reflexões sobre políticas de drogas no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 16(12), 4665-4674. doi: 10.1590/S1413-81232011001300015
Andrade, T.M., & Friedman, S. R. (2006). Princípios e práticas de redução de danos: interfaces e extensão a outros campos da intervenção e do saber. In D. X. Silveira & F. G. Moreira (Eds.), Panorama Atual de Drogas e Dependências (p. 395-400). São Paulo: Atheneu.
Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Borysow, I. C., Conill, E. M., & Furtado, J. P. (2017). Atenção à saúde de pessoas em situação de rua: estudo comparado de unidades móveis em Portugal, Estados Unidos e Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 22, 879-890. doi: 10.1590/1413- 81232017223.25822016
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST/Aids (2001). A contribuição de estudos multicêntricos frente à epidemia de HIV/Aids entre UDI no Brasil: 10 anos de pesquisa e redução de danos. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (2010a). Legislação e Políticas Públicas sobre Drogas. Brasília: SENAD.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Nacional de Saúde Mental (2010b). Legislação em Saúde Mental – 2004 a 2010. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de Saúde Mental (2010c). Consultórios de Rua do SUS - Material de trabalho para a II Oficina Nacional de Consultórios de Rua do SUS. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPES. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (2011). Saúde Mental no SUS: as novas fronteiras da Reforma Psiquiátrica. Relatório de Gestão 2007/2010. Brasília: Ministério da Saúde.
Buning, E. (2006). Vinte e cinco anos de redução de danos: a experiência de Amsterdã. In D. X. Silveira & F. G. Moreira (Eds.), Panorama Atual de Drogas e Dependências (pp. 345-354). São Paulo: Atheneu.
César, E.A.F., & Rodrigues L.B. (2013). Os CAPS AD, as Comunidades Terapêuticas e o “usuário de drogas”: polêmicas e paradoxos. A Cor das Letras – UEFS, 14, 209-220. doi:10.13102
Chaibub, J. R. W. (2009). “Entre o mel e o fel: drogas, modernidade e redução de danos”. Análise do processo de regulamentação federal das ações de redução de danos ao uso de drogas. Tese de doutorado, Universidade de Brasília, Brasília, DF.
Correia, L. C. (2010). Marco legal e institucional sobre substâncias psicoativas no Brasil: conhecer para cuidar. In A. N. Filho & A. L. R. Valério (Eds.), Módulo para capacitação dos profissionais do projeto Consultório de Rua (pp. 61-71). Salvador: Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas – CETAD/Universidade Federal da Bahia – UFBA.
Cruz, M. S. (2006). Considerações sobre possíveis razões para a resistência às estratégias de redução de danos. In O. Cirino & R. Medeiros (Eds.), Álcool e outras drogas: escolhas, impasses e saídas possíveis (pp. 13-24). Belo Horizonte: Autêntica.
Dantas, S., Cabral, B., & Moraes, M. (2014). Sentidos produzidos a partir de experiências de bad trip: drogas, prevenção e redução de danos. Saúde em Debate, 38, 539-550. doi: 10.5935/0103-1104.20140050
Delbon, F. (2006). Redução de danos aplicada ao tratamento da dependência de drogas: achados de uma intervenção em grupo. In D. X. Silveira & F. G. Moreira (Eds.), Panorama atual de drogas e dependências (pp. 387-394). São Paulo: Atheneu.
Domanico, A., & MacRae, E. (2006). Estratégias de redução de danos entre usuários de crack. In D. X. Silveira & F. G. Moreira (Eds.), Panorama atual de drogas e dependências (pp. 371-379). São Paulo: Atheneu.
Haiek, R. (2008). Redução de danos para drogas injetáveis. In M. Niel & D. X. Silveira (Eds.), Drogas e redução de danos: uma cartilha para profissionais de saúde (pp. 21-28). São Paulo: Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP.
Inciard, J. A., & Harrison, L.D. (1999). Introduccion: the concepcion of harm reduccion. In J. A. Inciard, & L.D. Harrison, (Eds.), Harm reduccion: national and internacional perspectives (pp. vii-xix). California: Sage Publications.
Lima, H. S, & Seidl, E. M. F. (2015). Consultório na Rua: atenção a pessoas em uso de substâncias psicoativas. Psicologia em Estudo, 20, 57-69. doi: 10.4025/psicolestud.v20il.24697
Monteiro, L. F., & Monteiro, A. M. C. (2010). A clínica de rua: pressupostos teóricos-clínicos para uma intervenção no âmbito do Consultório de Rua. In A. N. Filho & A. L. R. Valério (Eds.), Módulo para capacitação dos profissionais do projeto Consultório de Rua (pp. 34-42). Salvador: Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas – CETAD/Universidade Federal da Bahia.
Nardi, H.C., & Rigoni, R.Q. (2005). Marginalidade ou cidadania? A rede discursiva que configura o trabalho dos redutores de danos. Psicologia em Estudo, 10, 273-282. doi: 10.1590/S1413-73722005000200014
Neri Filho, A. (2010). Apresentação CETAD. In A. N. Filho & A. L. R. Valério (Eds.), Módulo para capacitação dos profissionais do projeto Consultório de Rua (pp. 9-10). Salvador: Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas – CETAD/Universidade Federal da Bahia – UFBA.
Pacheco, M. E. A. G. (2014). Políticas públicas e capital social: o projeto consultório de rua. Fractal, 26, 43-58. doi: 10.1590/S1984-02922014000100005
Pollo-Araújo, M.A., & Moreira, F. G. (2008). Aspectos históricos da redução de danos. In M. Niel & D. X. Silveira (Eds.), Drogas e redução de danos: uma cartilha para profissionais de saúde (pp. 11-19). São Paulo: PROAD/ UNIFESP.
Santos, F.F., & Ferla, A.A. (2017). Saúde mental e atenção básica no cuidado aos usuários de álcool e outras drogas. Interface (Botucatu) – Comunicação, Saúde, Educação, v.20, Interface (Botucatu), ahead of print Epub 23-Fev-2017. doi: 10.1590/1807-57622016.0270
Simões, J. (2008). Prefácio. In B. C. Labate, S. Goulart, M. Fiore, E. McRae & H. Carneiro (Eds.), Drogas e cultura: novas perspectivas (pp.13-22.). Salvador: EDUFBA.
Siqueira, D. J. R. (2006). Convivência numa sociedade com drogas. Maldito cidadão numa sociedade com drogas. São Caetano do Sul: King.
Souza, D. R., Oliveira, M. A. F., Soares, R. H., Domanico, A., & Pinho, P. H. (2017). Resistências dos profissionais da atenção psicossocial em álcool\drogas à abordagem de redução de danos. Journal of Nursing and Health, 7, 16-24.
Valério, A. L. R., & Menezes, A. C. C. (2010). A Rede de Atenção ao usuário de SPA em contexto de rua. In A. N. Filho & A. L. R. Valério (Eds.), Módulo para capacitação dos profissionais do projeto Consultório de Rua (pp. 54-60). Salvador: Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas – CETAD/Universidade Federal da Bahia.