Repercussões transgeracionais em casais na etapa de formação: Estudo de casos múltiplos
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-1247.2025.v19.39474Palavras-chave:
Família de origem, Relações conjugais, Dinâmica de casal, Gerações, Pesquisa qualitativaResumo
A formação do casal é um processo complexo, dinâmico e multideterminado, no qual se expressam aspectos transgeracionais das famílias de origem. Com o objetivo de compreender como três casais na etapa de formação avaliaram as repercussões de suas experiências na família de origem na conjugalidade, realizou-se um estudo de casos múltiplos. Foram feitas entrevistas conjuntas e individuais. Os dados revelaram que os casais refletem e conversam sobre a conjugalidade dos seus progenitores e identificam aspectos pouco saudáveis os quais procuram não repetir. A tomada de consciência de tais aspectos, provavelmente, se deve ao tratamento psicoterapêutico realizado pelos membros do casal.
Downloads
Referências
Anderson, J. R., Johnson, M. D., Liu, W., Zheng, F., Hardy, N. R., & Lindstrom, R. A. (2014). Young adult romantic relationships in Mainland China: Perceptions of family of origin functioning are directly and indirectly associated with relationship success. Journal of Social and Personal Relationships, 31(7), 871–887. https://doi.org/10.1177/0265407513508727
Bello, L. D., & Marra, M. M. (2020). O fenômeno da transgeracionalidade no ciclo de vida familiar: Casal com filhos pequenos. Revista Brasileira de Psicodrama, 28(2), 118–130. https://doi.org/10.15329/2318-0498.20168
Bowen, M. (1991). Aplicación de la teoria de la familia en la practica clinica. Em De la familia al individuo: La diferenciación del sí mismo en el sistema familiar (p. 19–63). Paidós.
Bueno, R. K., Souza, S. A. de, Monteiro, M. A., & Teixeira, R. H. M. (2013). Processo de diferenciação dos casais de suas famílias de origem. Psico, 44(1), 16–25.
Chen, R., & Busby, D. M. (2019). Family of origin experiences on relationship satisfaction: A mediation model. Journal of Family Therapy, 41(1), 80–101. https://doi.org/10.1111/1467-6427.12217
Dennison, R. P., Koerner, S. S., & Segrin, C. (2014). A dyadic examination of family-of-origin influence on newlyweds’ marital satisfaction. Journal of Family Psychology, 28(3), 429–435. https://doi.org/10.1037/a0036807.supp
Falcke, D., Wagner, A., & Mosmann, C. P. (2008). The relationship between family-of-origin and marital adjustment for couples in Brazil. Journal of Family Psychotherapy, 19(2), 170–186. https://doi.org/10.1080/08975350801905020
Gubbins, C. A., Perosa, L. M., & Bartle-Haring, S. (2010). Relationships between married couples’ self-differentiation/individuation and Gottman’s model of marital interactions. Contemporary Family Therapy, 32(4), 383–395. https://doi.org/10.1007/s10591-010-9132-4
Jamison, T. B., & Lo, H. Y. (2021). Exploring parents’ ongoing role in romantic development: Insights from young adults. Journal of Social and Personal Relationships, 38(1), 84–102. https://doi.org/10.1177/0265407520958475
Komorowska-Pudło, M. (2021). Family-of-origin ties and relationships and how they affect dealing with one’s own marital conflicts. Kwartalnik Naukowy Fides et Ratio, 46(2), 173–204. https://doi.org/10.34766/fetr.v46i2.829
Lavner, J. A., & Bradbury, T. N. (2019). Trajectories and maintenance in marriage and long-term committed relationships. In: D. Schoebi & B. Campos (Orgs.), New directions in the psychology of close relationships (Routledge). https://doi.org/10.4324/9781351136266-3
McGoldrick, M. (2016). Becoming a couple: the joining of families. Em M. McGoldrick, N. G. Preto, & B. Carter (Orgs.), The expanding family life cycle: individual, family and social perspectives (5o ed, p. 259–279). Pearson.
McGoldrick, M., & Shibusawa, T. (2016). O ciclo vital familiar. Em F. Walsh (Org.), Processos normativos da família: diversidade e complexidade (4o ed, p. 375–398). Artmed.
Menezes, C. C., & Lopes, R. de C. S. (2007). A transição para o casamento em casais coabitantes e em casais não-coabitantes. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum, 17(1), 52–63. https://doi.org/https://doi.org/10.7322/jhgd.19814
Monk, J. K., Ogolsky, B. G., Rice, T. K. M., Dennison, R. P., & Ogan, M. (2021). The role of family-of-origin environment and discrepancy in conflict behavior on newlywed marital quality. Journal of Social and Personal Relationships, 38(1), 124–147. https://doi.org/10.1177/0265407520958473
Quissini, C., & Coelho, L. R. M. (2014). A influência das famílias de origem nas relações conjugais. Pensando Famílias, 18(2), 34–47.
Ríos-González, J. A. (2011). Los ciclos vitales de la familia y la pareja ¿Crisis u oportunidades? (2o ed). Editorial CCS.
River, L. M., Treter, M. O., Rhoades, G. K., & Narayan, A. J. (2022). Parent–child relationship quality in the family of origin and later romantic relationship functioning: A systematic review. Family Process, 61(1), 259–277. https://doi.org/10.1111/famp.12650
Rosado, J. S., Barbosa, P. V., & Wagner, A. (2016). Ajustamento conjugal: A função das características individuais, do casal e do contexto. Psicologia Em Pesquisa, 10(1), 26–33. https://doi.org/10.24879/201600100010044
Scorsolini-Comin, F., Fontaine, A. M. G. V., & Santos, M. A. (2015). Conjugalidade dos pais: Percepções de indivíduos casados e solteiros. Avaliacão Psicológica, 14(2), 223–231. https://doi.org/10.15689/ap.2015.1402.07
Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2016). Construir, organizar, transformar: Considerações teóricas sobre a transmissão psíquica entre gerações. Psicologia Clínica, 28(1), 141–159.
Silva, I. M., Menezes, C. C., & Lopes, R. de C. S. (2010). Em busca da “cara-metade”: Motivações para a escolha do cônjuge. Estudos de Psicologia, 27(3), 383–391.
Yin, R. K. (2015). Case study research: Design and methods (5o ed). SAGE.
Zarth, D., Haack, K. R., & Razera, J. (2018). A influência da família do homem na escolha do cônjuge e no processo de separação. Revista de Psicologia, 9(2), 86–95.
Ziviani, C., Féres-Carneiro, T., & Magalhães, A. S. (2009). A conjugalidade dos pais percebida pelos filhos: questionário de avaliação. Em T. Féres-carneiro (Org.), Casal e família: permanências e rupturas (1o ed, p. 157–168). Casa do Psicólogo.