Funcionamento familiar e prática de infrações por adolescentes do gênero feminino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-1247.2024.v18.37692

Palavras-chave:

Adolescentes em conflito com a lei, Família, Gênero.

Resumo

Mediante aumento de infrações praticadas por indivíduos do gênero feminino, buscou-se investigar o funcionamento familiar de adolescentes judicializadas e diferenças significativas na comparação com gênero masculino. Foram coletados dados com 50 jovens (30 do gênero feminino). Todos seriam de famílias socialmente vulneráveis, perpassadas por conflitos verbais e/ou físicos. As práticas parentais maternas seriam “de risco” para ambos os gêneros, mas as paternas somente para o feminino (t=4,088;p=0,000). Um terço da amostra teria sido submetida a abusos e negligência, mas as adolescentes reportaram mais abusos emocionais (t=-4,384;p =0,000), sexuais (t=-2,892,p=0,007) e físicos (t=-2,061,p=0,045). As diferenças detectadas indicam mais vitimização do feminino. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Anderson, V. R., Rubino, L. L., & McKenna, N. C. (2020). Family‐based Intervention for Legal

System‐involved Girls: A Mixed Methods Evaluation. American Journal of Community Psychology, 67(1-2), 35–49. https://doi.org/10.1002/ajcp.12475

Anderson, V. R., Walerych, B. M., Campbell, N. A., Barnes, A. R., Davidson, W. S., Campbell, C. A.,

Onifade, E., & Petersen, J. L. (2016). Gender-Responsive Intervention for Female Juvenile Offenders: A

Quasi-Experimental Outcome Evaluation. Feminist Criminology, 14(1), 24–44. https://doi.org/10.1177/1557085116677749

Asscher, J. J., Van der Put, C. E., & Stams, G. J. J. M. (2015). Gender differences in the impact of abuse and

neglect victimization on adolescent offending behavior. Journal of Family Violence, 30, 215–225. doi:10.1007/s10896-014-9668-4

Baía, P. A. D., Veloso, M. M. X., Magalhães, C. M. C., & Dell´Aglio, D. D. (2013). Caracterização da

revelação do abuso sexual de crianças e adolescentes: negação, retratação e fatores associados. Temas Em Psicologia, 193–202. https://doi.org/10.9788/tp2013.1-14

Bendezú, J, Pinderhughes, E., Hurley, M, McMahon, J & Racz, J. (2018). Longitudinal Relations Among

Parental Monitoring Strategies, Knowledge, and Adolescent Delinquency in a Racially Diverse At-Risk

Sample. Journal of Clinical Child & Adolescent Psychology, 47, 21-34

Bonta, J. (2002). Offender Risk Assessment. Criminal Justice And Behavior, 29(4), 355-379.

http://dx.doi.org/10.1177/0093854802029004002

Duran-Bonavila, S., Vigil-Colet, A., Cosi, S., & Morales-Vives, F. (2017). How individual and contextual

factors affects antisocial and delinquent behaviors: A comparison between young offenders, adolescents at risk of social exclusion, and a community sample. Frontiers in Psychology, 8, Article 1825. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2017.01825

Braga, T., Gonçalves, L. C., Basto-Pereira, M., & Maia, . (2017). Unraveling the link between maltreatment

and juvenile antisocial behavior: A meta-analysis of prospective longitudinal studies. Aggression and Violent Behavior, 33, 37–50. https://doi.org/10.1016/j.avb.2017.01.006

Brasil, Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (2019). Levantamento anual SINASE 2017.

Brasília: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 2019.

Brasil, Secretaria de Direitos Humanos (2012). Levantamento anual SINASE 2011. Brasília: Secretaria de

Direitos Humanos, 2011.

Brown, S., & Shillington, A. (2017). Childhood adversity and the risk of substance use and delinquency: The

role of protective adult relationships. Child Abuse & Neglect, 63, 211-221. doi: 10.1016/j.chiabu.2016.11.006

Castro, A., & Teodoro, M. (2014). Relações Familiares de Adolescentes Cumprindo Medida Socioeducativa

Restritiva de Liberdade: Uma Revisão Narrativa da Literatura. Temas Em Psicologia, (22), 1-12.

Conselho Nacional de Justiça. (2018). Relatório Levantamento de dados do ano 2017 das inspeções

realizadas em unidades de internação e semiliberdade e do cadastro nacional de adolescentes em conflito com a lei.Brasília.

Cutrín Mosteiro, O., Gómez-Fraguela, J. A., & Sobral, J. (2017). Gender differences in the influence of

parenting on youth antisocial behavior through deviant peers. The Spanish Journal of Psychology, 20. e58. https://doi.org/10.1017/sjp.2017.53

Duarte, V. (2015).Delinquência juvenil feminina a várias vozes: contributos para a construção de uma

tipologia de percursos transgressivos. Sociologia, Problemas Práticas, 78, 49-66.

Duarte, V., & de Carvalho, M. (2017). Female Delinquency in Portugal: What Girls Have to Say About Their

Offending Behaviors. Gend. Issues, (35), 258-274.

Farrington, D. P., & McGee, T. R. (2018). The Integrated Cognitive Antisocial Potential (ICAP) Theory. The

Oxford Handbook of Developmental and Life-Course Criminology, 172–192. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780190201371.013.11

Feijó, M. (2001). Raízes da violência: a importância da família na formação da percepção, da motivação e da

atribuição de causalidade de adolescentes infratores e de seus irmãos não infratores. Fundação

Oswaldo Cruz.

Fox, B. H., Perez, N., Cass, E., Baglivio, M. T., & Epps, N. (2015). Trauma changes everything: Examining

the relationship between adverse childhood experiences and serious, violent and chronic juvenile

offenders. Child Abuse & Neglect, 46, 163–173. https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2015.01.011

Galinari, L. S., & Bazon, M. R. (2020). Tipologias em delinquência juvenil: uma revisão de literatura. Revista

de Psicología, 38(2), 577–612. https://doi.org/10.18800/psico.202002.009

Gomes, C. D. M. (2018). Gênero como categoria de análise decolonial. Civitas - Revista de Ciências Sociais,

(1), 65. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2018.1.28209

Gomide, P.I.C (1998). Menor infrator: a caminho de um novo tempo.Curitiba: Juruá.

Gomide, P.I.C. (2004). Pais presentes, pais ausentes.Petrópolis: Vozes

Gomide, P. I. C. (2006). Inventário de Estilos Parentais. Modelo teórico: manual de aplicação, apuração e

interpretação. Petrópolis: Vozes.

Grassi-Oliveira, R., Stein, L. M., & Pezzi, J. C. (2006). Tradução e validação de conteúdo da versão em

português do Childhood Trauma Questionnaire. Revista de Saúde Pública, 40(2), 249-255.

Hanson, R., & Harris, A. (2000). Where Should We Intervene?. Criminal Justice And Behavior, 27(1), 6-35.

http://dx.doi.org/10.1177/0093854800027001002

Heilborn, M. L. (1994) De que gênero estamos falando?Sexualidade, Gênero e Sociedade ano 1, n° 2

CEPESC/IMS/UERJ, 1994.

Herrera, V., & Stuewig, J. (2016). Gender Differences in Pathways to Delinquency: the Impact of Family

Relationships and Adolescent Depression. Journal Of Developmental

Hoeve, M., Stams, G. J., van der Put, C. E., Dubas, J. S., van der Laan, P. H., & Gerris, J. R. (2012). A

meta-analysis of attachment to parents and delinquency. Journal of abnormal child psychology, 40(5), 771–785. https://doi.org/10.1007/s10802-011-9608-1

Janssen, H. J.; Eichelsheim, V. I.; Dekovic, M.(2017) Sex differences in longitudinal pathways from parenting

to delinquency. Eur J Crim Policy Res (2017) 23:503–521 DOI 10.1007/s10610-017-9350-5

Kapetanovic, S., Skoog, T., Bohlin, M., & Gerdner, A (2019). Aspects of the parent–adolescent relationship

and associations with adolescent risk behaviors over time. Journal of Family Psychology. American Psychological Association;Vol. 33, No. 1,–110893-3200/19/$12.00. http://dx.doi.org/10.1037/fam00004361

Kokkalera, S.S., Marshall, C.E.& Marshall, I. H. (2018). The Role of Parental Maltreatment and Parental

Social Control on Self-Reported Violent Offending in Indonesia and the U.S.: Does Gender Make a Difference? Societies 2018, 8(2), 33; https://doi.org/10.3390/soc8020033

Lee, D. K. (2016). Alternatives to P value: confidence interval and effect size. Korean journal of

anesthesiology, 69(6), 555. https://10.4097/kjae.2016.69.6.555

Leve, L., Chamberlain, P., & Kim, H. (2015). Risks, Outcomes, and Evidence-Bases Intervention in the US

Juvenile Justice System. Clin Child Fam Psychol, 18, 252–279.

Liu, L., & Miller, S. L. (2019). Protective factors against juvenile delinquency: Exploring gender with a

nationally representative sample of youth. Social Science Research, 102376. https://doi.org/10.1016/j.ssresearch.2019.102376

López-Gallego, L., Galeotti-Galmés, R., & Montes-Maldonado, C. (2018b). Gestión de las sexualidades en los

sistemas penales: las adolescentes mujeres. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 16(1), 413-426. doi:10.11600/1692715x.16126

Marcías, M., Amar, J., & Arrieta, M. (2005). Dinámica de las familias de menores con problemas

psicosociales: el caso del menor infractor y la menor explotada sexualmente. Revista Latinoamericana

De Ciencias Sociales, Niñez Y Juventud, 3(2), 141-174.

McAnee, G., Shevlin, M., Murphy, J., & Houston, J. (2019). Where are all the males? Gender-specific

typologies of childhood adversity based on a large community sample. Child Abuse & Neglect, 90, 149–159. https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2019.02.006

Melotti, G., Potì, S., Gianesini, G., & Brighi, A. (2017). Adolescents at Risk of

Delinquency. The Role of Parental Control, Trust, and Disclosure. Deviant Behavior, 39(3), 347-362. doi: 10.1080/01639625.2017.1286172

Montes Maldonado, C., López-Gallego, L., & Galeotti Galmes, R. (2018a). Adolescentes mujeres y medidas

no privativas de libertad: Narrativas de una experiencia etnográfica. Psicoperspectivas, 17(2).

https://doi.org/10.5027/psicoperspectivas-vol17-issue2-fulltext-1212

Minuchin, S. (1982). Famílias: Funcionamento e tratamento. Porto Alegre: Artmed.

Nardi, F., & Dell'Aglio, D. (2010). Delinquência juvenil: uma revisão teórica. Acta Colombiana De

Psicologia, 13(2), 69-77.

Nardi, F., & Dell'Aglio, D. (2012). Adolescentes em conflito com a lei: percepções sobre a família.

Psicologia: Teoria E Pesquisa, 28(2), 181-192. http://dx.doi.org/10.1590/s0102-37722012000200006

Nilsson, E. (2017). Analysing Gender Differences in the Relationship between Family

Influences and Adolescent Offending among Boys and Girls. Child Ind Res, (10).

Olson, D. (2011). FACES IV and the Circumplex Model: Validation Study. Journal of Marital and Family

Therapy, 37(1), 64–80. https://doi.org/10.1111/j.1752-0606.2009.00175.x

Olson, D. H., & Gorall, D. M. (2006). FACES IV & the Circumplex Model. In Life Innovations. Life

Inovations.

Palermo, G. (2009). Editorial: Delinquency. International Journal Of Offender Therapy And Comparative

Criminology, 53(3), 247-248. http://dx.doi.org/10.1177/0306624x09335886

Papalia, N., Ogloff, J. R. P., Cutajar, M. and Mullen, P. E. (2015). Child Sexual Abuse and Criminal

Offending: Gender-Specific Effects and the Role of Abuse Characteristics and Other Adverse

Outcomes. Child Maltreatment 2018, Vol. 23(4) 399-416 a The Author(s) 2018 Article reuse

guidelines:sagepub.com/journals-permissions DOI:10.1177/1077559518785779

journals.sagepub.com/home/cmx

Perez, N. M., Jennings, W. G., & Baglivio, M. T. (2016). A Path to Serious, Violent, Chronic Delinquency:

The Harmful Aftermath of Adverse Childhood Experiences. Crime & Delinquency, 64(1), 3–25. https://doi.org/10.1177/0011128716684806

Pérez-Fuentes, G., Olfson, M., Villegas, L., Morcillo, C., Wang, S., & Blanco, C. (2013). Prevalence and

correlates of child sexual abuse: a national study. Comprehensive Psychiatry, 54(1), 16–27. https://doi.org/10.1016/j.comppsych.2012.05.010

Santos, M. de J., Mascarenhas, M. D. M., Malta, D. C., Lima, C. M., & Silva, M. M. A.

da. (2019). Prevalência de violência sexual e fatores associados entre estudantes do ensino fundamental – Brasil, 2015. Ciência & Saúde Coletiva, 24(2), 535–544. https://doi.org/10.1590/1413-81232018242.13112017

Santos, P.L, Bazon, M. R. & Carvalho, A.M.P (2017). Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale IV

(FACES IV) – adaptação brasileira. Avaliação Psicológica, 16(2), 120-127. https://dx.doi.org/10.15689/AP.2017.1602.01

Struck, S., Stewart-Tufescu, A., Asmundson, A. J. N., Asmundson, G. G. J., & Afifi, T. O. (2021). Adverse

childhood experiences (ACEs) research: A bibliometric analysis of publication trends over the first 20

years. Child Abuse & Neglect, 112, 104895. https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2020.104895

Sullivan, G. M., & Feinn, R. (2012). Using effect size—or why the P value is not enough. Journal of graduate

medical education, 4(3), 279-282

Vrselja, I., & Pandžić, M. (2018). The effects of ecological family disadvantage on male and female

adolescent delinquency. LIRIA International Review 7 (2), 33-54, 2017

Welch-Brewer, C. (2018) Risk-Need Profiles of Serious and Chronic Female Juvenile Offenders: Implications

for Female Juvenile Correctional Programming. International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology 2018, Vol. 62(9) 2742 –2758

Zappe, J., & Dias, A. (2012). Violência e fragilidades nas relações familiares: refletindo sobre a situação de

adolescentes em conflito com a lei. Estudos De Psicologia, 17(3), 389-395. http://dx.doi.org/10.1590/s1413-294x2012000300006

Downloads

Publicado

2024-02-22