“Célula de proteção comunitária”

efeitos no cotidiano de jovens negros em Fortaleza

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-1247.2019.v13.26818

Palavras-chave:

Necrobiopolítica, Dispositivo de segurança, Juventude, Racismo

Resumo

O objetivo deste artigo é problematizar efeitos psicossociais da implantação da Célula de Proteção Comunitária (CPC) na região do Grande Jangurussu, na periferia de Fortaleza, tomando por base produções discursivas de jovens negros sobre tal dispositivo de segurança. Metodologicamente, a pesquisa foi realizada a partir de uma cartografia como método de pesquisa-inter(in)venção. Para responder a essas questões, recorreu-se a estudos foucaultianos sobre dispositivos de segurança, biopolítica e governamentalidade, estudos anti-coloniais sobre necropolítica e suas implicações em corpos negros e territorialidades periferizadas. Os resultados indicam que, orientando-se por uma racionalidade necro e biopolitica, tal implantação da Célula de Proteção Comuntiária tem implicado na produção do medo e da manutenção da lógica de controle sobre corpos e territórios racializados e historicamente estigmatizados.

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Biografia do Autor

Aldemar Ferreira da Costa, Universidade Federal do Ceará

Psicólogo e mestrando em psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza – CE. Brasil. E-mail: demarfcost92@gmail.com

João Paulo Pereira Barros, Universidade Federal do Ceará

Professor Adjunto do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza – CE. Brasil. Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFC. Doutor em Educação, mestre e graduado em Psicologia pela UFC. Especialista em Saúde Mental pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza – CE. Brasil. E-mail: joaopaulobarros07@gmail.com

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Publicado

2020-03-16