For an autonomous existence of images: an archaeological perspective
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.30111Palavras-chave:
imagens digitais, bases de dados, arqueologia das mídias, fenomenologia, AIResumo
Monitorar e interpretar um número crescente de imagens tornou-se parte do dia a dia das pessoas. Essas imagens desencadeiam um processo complexo de relações que pode resultar em ações humanas ou não humanas diretas sobre pessoas, serviços ou sobre o próprio espaço. Como parte de uma paisagem midiática mais ampla e difundida, o repertório de imagens, sua organização e conexão com vários dispositivos e bancos de dados infinitos tornam os processos de interpretação muito mais complexos e fora do nosso alcance. Este trabalho propõe, de uma perspectiva arqueológica, que a intencionalidade das imagens, especialmente as que são produzidas e circulam no ambiente digital, é sintoma de uma episteme contemporânea que delega aos objetos não apenas uma autonomia funcional, mas também uma de existência e de descrição do mundo. A multiplicidade de imagens digitais faz deles Seres que existem além do humano e que constituem uma espécie de processo fenomenológico maquínico contínuo, uma consciência de si e do outro.
Downloads
Referências
ANDRIEU, Bernard. Brains and flesh: prospects for a neurophenomenology. In: Janus Head, v.9, n.1, p. 135-155, 2006. Disponível em: <http://www.janushead.org/9-1/Andrieu.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2019.
BRUNO, Fernanda. Visões maquínicas da cidade maravilhosa: do Centro de Operações do Rio à Vila Autódromo. In: BRUNO, F. et al. (org.) Tecnopolíticas da vigilância: perspectivas da imagem. São Paulo: Boitempo, 2018.
BRUNO, Fernanda. Rastros digitais: o que eles se tornam quando vistos sob a perspectiva da teoria ator-rede? In: Anais do XXI Encontro da Compós, 2012, Juiz de Fora: UFJF. Disponível em: <http://www.compos.org.br/biblioteca.php>. Acesso em: 20 mar. 2020.
CHUN, Wendy H. K. Programmed visions: software and memory. Massachusetts: The MIT Press, 2011.
ELSAESSER, T. Cinema como arqueologia das mídias. São Paulo: Sesc, 2018.
ERNST, W. Media Archaeography: metod and machine versus history and narrative of media. In: HUHTAMO, E.; PARIKKA, J. (orgs.) Media archaeology: approaches, application, and implications. Berkeley: University of California Press, 2011, p. 239-255.
HANSEN, Mark B. N. Bodies in code: interfaces with digital media. Nova York: Routledge, 2006.
HAYLES, N. K. How we think: digital media and contemporary technogenesis. Chicago: The University of Chicago Press, 2012.
HITACHI. Development of image-analysis technology with AI for real-time people-detection and tracking. 2017. Disponível em: <https://www.hitachi.com/New/cnews/month/2017/03/170327.html>. Acesso em: 25 mar. 2020.
INTELLIVISION. About Us, 2020, Online. Disponível em: https://www.intelli-vision.com/about-us/. Acesso em: 25 mar. 2020.
LATOUR, Bruno. An inquiry into modes of existence: an anthropology of the moderns. Cambridge: Harvard University Press, 2013.
LATOUR, Bruno. Reassembling the social: an introduction to Actor-Network-Theory. Oxford: Oxford University Press, 2005.
MANOVICH, Lev. Software takes command. Nova York: Bloomsbury, 2013.
MANOVICH, Lev. The language of new media. Massachusetts: The MIT Press, 2001.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
SOBCHAK, V. Afterword: media archaeology and re-presencing the past. In: HUHTAMO, E.; PARIKKA, J (org.). Media archaeology: approaches, application, and implications. Berkeley: University of California Press, 2011, p. 323-333.
SOBCHAK, V. The adress of the eye: a phenomenology of film experience. Princeton: Princeton University Press, 1992.
VICE. The sentient surveillance camera. 2015. Disponível em: <https://www.vice.com/en_us/article/nzea9q/sentient-surveillance-camera>. Acesso em: 25 mar. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).