For an autonomous existence of images: an archaeological perspective

Autores

  • José Cláudio S. Castanheira Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2020.v14.30111

Palavras-chave:

imagens digitais, bases de dados, arqueologia das mídias, fenomenologia, AI

Resumo

Monitorar e interpretar um número crescente de imagens tornou-se parte do dia a dia das pessoas. Essas imagens desencadeiam um processo complexo de relações que pode resultar em ações humanas ou não humanas diretas sobre pessoas, serviços ou sobre o próprio espaço. Como parte de uma paisagem midiática mais ampla e difundida, o repertório de imagens, sua organização e conexão com vários dispositivos e bancos de dados infinitos tornam os processos de interpretação muito mais complexos e fora do nosso alcance. Este trabalho propõe, de uma perspectiva arqueológica, que a intencionalidade das imagens, especialmente as que são produzidas e circulam no ambiente digital, é sintoma de uma episteme contemporânea que delega aos objetos não apenas uma autonomia funcional, mas também uma de existência e de descrição do mundo. A multiplicidade de imagens digitais faz deles Seres que existem além do humano e que constituem uma espécie de processo fenomenológico maquínico contínuo, uma consciência de si e do outro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Cláudio S. Castanheira, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Doutor em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense. Professor do Departamento de Artes da Universidade Federal de Santa Catarina.

Referências

ANDRIEU, Bernard. Brains and flesh: prospects for a neurophenomenology. In: Janus Head, v.9, n.1, p. 135-155, 2006. Disponível em: <http://www.janushead.org/9-1/Andrieu.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2019.

BRUNO, Fernanda. Visões maquínicas da cidade maravilhosa: do Centro de Operações do Rio à Vila Autódromo. In: BRUNO, F. et al. (org.) Tecnopolíticas da vigilância: perspectivas da imagem. São Paulo: Boitempo, 2018.

BRUNO, Fernanda. Rastros digitais: o que eles se tornam quando vistos sob a perspectiva da teoria ator-rede? In: Anais do XXI Encontro da Compós, 2012, Juiz de Fora: UFJF. Disponível em: <http://www.compos.org.br/biblioteca.php>. Acesso em: 20 mar. 2020.

CHUN, Wendy H. K. Programmed visions: software and memory. Massachusetts: The MIT Press, 2011.

ELSAESSER, T. Cinema como arqueologia das mídias. São Paulo: Sesc, 2018.

ERNST, W. Media Archaeography: metod and machine versus history and narrative of media. In: HUHTAMO, E.; PARIKKA, J. (orgs.) Media archaeology: approaches, application, and implications. Berkeley: University of California Press, 2011, p. 239-255.

HANSEN, Mark B. N. Bodies in code: interfaces with digital media. Nova York: Routledge, 2006.

HAYLES, N. K. How we think: digital media and contemporary technogenesis. Chicago: The University of Chicago Press, 2012.

HITACHI. Development of image-analysis technology with AI for real-time people-detection and tracking. 2017. Disponível em: <https://www.hitachi.com/New/cnews/month/2017/03/170327.html>. Acesso em: 25 mar. 2020.

INTELLIVISION. About Us, 2020, Online. Disponível em: https://www.intelli-vision.com/about-us/. Acesso em: 25 mar. 2020.

LATOUR, Bruno. An inquiry into modes of existence: an anthropology of the moderns. Cambridge: Harvard University Press, 2013.

LATOUR, Bruno. Reassembling the social: an introduction to Actor-Network-Theory. Oxford: Oxford University Press, 2005.

MANOVICH, Lev. Software takes command. Nova York: Bloomsbury, 2013.

MANOVICH, Lev. The language of new media. Massachusetts: The MIT Press, 2001.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

SOBCHAK, V. Afterword: media archaeology and re-presencing the past. In: HUHTAMO, E.; PARIKKA, J (org.). Media archaeology: approaches, application, and implications. Berkeley: University of California Press, 2011, p. 323-333.

SOBCHAK, V. The adress of the eye: a phenomenology of film experience. Princeton: Princeton University Press, 1992.

VICE. The sentient surveillance camera. 2015. Disponível em: <https://www.vice.com/en_us/article/nzea9q/sentient-surveillance-camera>. Acesso em: 25 mar. 2020.

Downloads

Publicado

2020-04-30

Como Citar

CASTANHEIRA, J. C. S. For an autonomous existence of images: an archaeological perspective . Lumina, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 53–67, 2020. DOI: 10.34019/1981-4070.2020.v14.30111. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/30111. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê BRICS: Digital Technology, Culture e Communication