O “ao vivo” como promessa de participação e de autenticidade nos reality shows

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-4070.2017.v11.21391

Palavras-chave:

reality show, “ao vivo”, participação, autenticidade

Resumo

O presente artigo tem como objetivo compreender de que modo os reality shows constroem promessas de participação e de autenticidade nas transmissões “ao vivo”, e como tais promessas se conectam com o próprio processo de construção da TV ao longo da história. Neste gênero, as exibições “ao vivo” tornam mais evidentes as promessas de participação e de autenticidade, uma vez que as emissoras criam um discurso segundo o qual o processo de construção do programa ocorre “junto” aos telespectadores. No entanto, este trabalho relativiza o impacto de tais estratégias como formas efetivas de aproximação do público com os conteúdos em questão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruno Campanella, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ (2010), mestre em Comunicação Transnacional e Mídia Global pelo Goldsmiths College, University of London (2002) e professor do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense. Bruno Campanella é Jovem Cientista do Nosso Estado, Faperj e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPQ nível 2.

Melissa Ribeiro de Almeida, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda em Comunicação (PPGCOM - UFF), Mestre em Comunicação (PPGCOM - UFF) e bacharel em Comunicação Social – habilitação Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Tem experiência na área de Comunicação, atuando principalmente e com interesse nos seguintes temas: produções audiovisuais, televisão multiplataforma, documentário, mídias digitais, linguagens e práticas midiáticas, processos cognitivos na cibercultura e materialidade dos meios. Bolsista CAPES.

Referências

ANDREJEVIC, Mark. Reality TV: The work of being watched. USA: Rowman and Littlefield Publishers, 2004.
BOURDON,Jérôme. Live televisionis still alive: ontelevision as anunfulfilledpromise. Media,Cultureand Society. Vol. 22, n. 5, 2000. p. 531–556.
BUONANNO, Milly. The Age of Television: experiences and theories. UK: IntelellectBooks, 2008.
CAMPANELLA, Bruno. Os olhos do grande irmão: uma etnografia dos fãs do Big Brother Brasil. Porto Alegre: Sulina, 2012.
CARLÓN, Mario. Repensando os debates anglo-saxões e latino-americanos sobre o "fim da televisão". In: CARLÓN, Mario; FECHINE, Yvana (Orgs). O Fim da Televisão. Tradução de Diego AndresSalcedo. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014.
CESAR, Pablo; GEERTS, David. Understanding Social TV: a survey. In: Proceedings of Networked and Electronic Media Summit (NEM Summit 2011), Torino (Italy) September, 2011. p. 27-29.
CHALABY, Jean K. At the origen of a global industry? The TV Format trade as na Anglo-American invention. In:Media, Culture and Society. Vol.34, n.1, 2012. p.36-52.
COULDRY, Nick. Theorising media as practice. In. BRÄUCHLER, Brigit and POSTILL, John. Theorising media andpractice. Nova York: Bergham Books, 2010. p. 35-54.
DE WOLTON, Dominique. Elogio do grandepúblico: umateoriacrítica da Televisão. São Paulo: EditoraÁtica, 1996.
ECO, Umberto. Viagem na irrealidade cotidiana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
ELLIS, John. Seeingthings. Londres: I.B. Tauris&CoLdd., 2000.
ENLI, Gunn Sara. From parasocial interaction: Analysin the host-audience relationship in multi-platfom productions. In: Northern Lights. V.10, 2012. p.123-137.
FECHINE, Yvana. Televisão e presença: uma abordagem semiótica da transmissão direta. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2008.
HASSOUN, Dan. Tracing Attentions: Toward an Analysis of Simultaneous Media Use. In:Television and New Media, Vol.15, n.4, 2014. p.271-288.
HILL, Annette. Reality TV: Audiences and popular factual television. Abingdon: Routledge, 2005.
__________. Reality TV. London/New York: Routledge, 2015.
KATZ, Elihu. Introdution: The End of Television. In:The Annals of the American Academy of Political and Social Science (ANNALS AAPSS). Vol. 625, n.1, september, 2009.
KEANE, Michael; MORAN, Albert. Television´s New Engines. In:Television New Media. Vol. 9, n.2, 2008.
LEVINE, Elana. Distinguishing television: the changing meanings of television liveness. In: Media Culture Society. Vol. 30, n.3, 2008. p. 393-409.
LOTZ, Amanda. The Television Will Be Revolutionized. New York and London: New York University Press Books, 2007.
MARINELLI, Alberto; ANDÒ, Romana. Multiscreening and Social TV: the changing landscape of TV consumption in Italy.In: View. Vol. 3, n.6, 2014. p.24-36.
OROZCO, Guilherme. Televisão: causa e efeito de si mesma. In: CARLÓN, Mario; FECHINE, Yvana (Orgs). O Fim da Televisão. Tradução de Diego AndresSalcedo. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014.
PROULX, Mike; SHEPATIN, Stacey. Social TV: how marketers ca reach and engage
audiences by connecting television to the web, social media and mobile. New Jersey, John Wiley & Sons, Inc., 2012.
SCOLARI, Carlos Alberto. Hacia La hipertelevisión. Los primeiros sintomas de uma nueva configuración del dispositivo televisivo. In:Diálogos de La Comunicación, n. 77, 2008.
VAN DIJCK, José. Television 2.0: YouTube and the Emergence of Homecasting.V
International Conference of Massachusetts Institute of Technology (MIT5). Abril, 2007.
VAN ES, Karin. Social TV and the Participation Dilemma in NBC’s The Voice. In:Television and New Media. Vol. 17, n.2, 2016. p. 108-123.
YTREBERG, Espen. Premeditations of performance in recent live television: A scripting approach to media production studies.In:European Journal of Cultural Studies, Vol. 9, n.4, 2006. p. 421-440.

Downloads

Publicado

2017-04-30

Como Citar

CAMPANELLA, B.; DE ALMEIDA, M. R. O “ao vivo” como promessa de participação e de autenticidade nos reality shows. Lumina, [S. l.], v. 11, n. 1, 2017. DOI: 10.34019/1981-4070.2017.v11.21391. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/21391. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Entretenimento Digital: Meios e Processos do Lúdico na Cultura Contemporânea