A participação masculina no planejamento familiar

Autores

  • Marcília Gonçalves Dias Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI
  • Juliana Silva dos Santos Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI
  • Danielle Rodrigues Almeida Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI
  • Fernanda Cardoso Rocha Faculdade de Saúde Ibituruna-FASI. Faculdades Integradas do Norte- FUNORTE Universidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES http://orcid.org/0000-0001-6381-2063
  • Gregório Ribeiro de Andrade Neto Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI Faculdades Integradas do Norte- FUNORTE
  • Dina Luciana Batista Andrade Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI Faculdades Integradas do Norte- FUNORTE Universidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2017.v43.13866

Palavras-chave:

Planejamento Familiar. Atenção Primária à Saúde. Saúde da Família.

Resumo

O programa de Planejamento Familiar foi implementado oficialmente no Brasil em 1984, com objetivo de articular ações que visam a liberdade do casal em decidir o número de filhos que podem ou querem ter. Este trabalho objetivou conhecer os motivos pelos quais a população masculina não participa do Planejamento Familiar e compreender o significado do Planejamento Familiar para homens adultos em idade reprodutiva, casados ou em união consensual. Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada com sete homens, que tinham suas companheiras cadastradas no Programa de Planejamento Familiar, em duas equipes de Saúde da família na cidade de Montes Claros. A análise dos dados possibilitou chegar às seguintes categorias: (1) Distanciamento dos serviços de saúde; (2) Desconhecimento acerca do planejamento familiar e (3) Feminização do cuidado. Os achados revelaram a inexistência de atividades que possam incitar a participação masculina no planejamento familiar com suas parceiras, uma vez que essa inserção é recente e desconhecida pelo público masculino. É preciso ampliar o diálogo e reorganizar as estratégias de planejamento e gestão para encorajar e conferir a devida importância que os homens possuem nesse cenário de diálogo e decisões sobre a própria família.

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Biografia do Autor

Marcília Gonçalves Dias, Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI

Graduada em Enfermagem.

Juliana Silva dos Santos, Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI

Graduada em Enfermagem.

Danielle Rodrigues Almeida, Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI

Graduada em Enfermagem.

Fernanda Cardoso Rocha, Faculdade de Saúde Ibituruna-FASI. Faculdades Integradas do Norte- FUNORTE Universidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES

Possui graduação em Psicologia pela Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI (2010- 2015). Especialista em Saúde da Família (2015-2016), MBA em Gestão de Recursos Humanos pela Uninter(2015-2017). Especialista em Metodologia e Didática do ensino superior pela UNIMONTES (2016-2017). Pós graduanda em Psicologia hospitalar e Psico-oncologia pela UNYLEYA (2017-2018). 

Gregório Ribeiro de Andrade Neto, Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI Faculdades Integradas do Norte- FUNORTE

Graduado em Enfermagem. Especialista em Urgência e Emergência. Especialista em Saúde da Família.

Dina Luciana Batista Andrade, Faculdades de Saúde Ibituruna-FASI Faculdades Integradas do Norte- FUNORTE Universidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES

Graduado em Enfermagem. Especialista em Urgência e Emergência. Especialista em Saúde da Família.

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Publicado

2019-01-09

Como Citar

1.
Dias MG, dos Santos JS, Almeida DR, Rocha FC, de Andrade Neto GR, Andrade DLB. A participação masculina no planejamento familiar. HU Rev [Internet]. 9º de janeiro de 2019 [citado 18º de abril de 2024];43(4):349-54. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/13866

Edição

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Artigos Originais

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