Depressão em mulheres climatéricas: fatores associados
Palavras-chave:
Menopausa. Climatério. Psicologia. Depressão. Prevalência.Resumo
O aumento da expectativa de vida no mundo vem gerando sérias repercussões, principalmente no âmbito da saúde feminina. Sabe-se que uma parte significativa da população mundial é representada por mulheres com mais de 40 anos, idade em torno da qual se inicia uma fase de vida importante: o climatério. É nesta fase que ocorre a transição do período reprodutivo para o não-reprodutivo, culminando com a menopausa. Além das mudanças fisiológicas e hormonais decorrentes no período, destacam-se as mudanças comportamentais e constantes alterações de humor, particularmente a depressão. A fim de determinar a prevalência de depressão nas mulheres climatéricas atendidas no Serviço de Climatério do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF) e os prováveis fatores responsáveis por sua ocorrência, realizou-se um estudo transversal. Para estudo, aplicou-se quatro questionários a 93 mulheres, na faixa de 40 a 65 anos, que frequentaram o ambulatório de climatério entre maio de 2006 e agosto de 2007. Verificou-se que a média de prevalência de depressão entre as pacientes avaliadas foi de 36,8%, não havendo diferença entre as três fases do climatério (pré-menopausa, perimenopausa e pós-menopausa). Observou-se relação significativa entre a presença de sintomas climatéricos de intensidade moderada e o aparecimento dessa alteração do humor (p<0,001). A depressão foi mais frequente em mulheres portadoras de ansiedade (OR=4,2), e insônia (OR=4,9) sendo a atividade remunerada considerada fator de proteção (OR=0,2). Assim, pode-se dizer que a prevalência de depressão é elevada no climatério, sendo possível detectar fatores de risco relacionados à sua ocorrência.
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