Perfil demográfico e farmacoterapêutico de crianças hospitalizadas por exacerbação da asma em um hospital universitário: possíveis consequências sociais e econômicas
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2021.v47.34079Palavras-chave:
Asma, Pediatria, Hospitalização, Tratamento FarmacológicoResumo
Introdução: A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas com alta prevalência na infância, sendo a terceira maior causa de internações pediátricas no Sistema Único de Saúde. Problemas relacionados à farmacoterapia, subdiagnóstico, acesso precário ao serviço de saúde e características individuais são alguns dos principais fatores relacionados aos agravos e aumento de custos com a doença. Objetivo: Traçar o perfil demográfico e farmacoterapêutico das crianças internadas por exacerbação da asma, correlacionando questões inerentes à farmacoterapia e a ocorrência de hospitalizações com o aumento de custos para o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora. Material e Métodos: Estudo observacional retrospectivo quantitativo envolvendo usuários asmáticos de 0 a 17 anos hospitalizados pela especialidade pediatria no período de janeiro a dezembro de 2019. Os dados coletados através do prontuário eletrônico, sumário de alta e Sistema de Informações Hospitalares foram descritos em termos de média, desvio-padrão e distribuição. Resultados: A maioria das crianças apresentava tratamento farmacoterapêutico inadequado para asma, episódios de readmissão hospitalar e alto índice de subdiagnóstico. Por consequência, os gastos se mostraram elevados em 2019 em comparação com as demais doenças do aparelho respiratório em crianças. O estudo ainda reforçou que o perfil mais acometido pela asma são meninos de 1 a 4 anos de idade. Além disso, a presença de fatores ambientais e genéticos predisponentes à asma foi frequentemente relatada. Conclusão: A investigação do perfil demográfico e farmacoterapêutico de asmáticos com agravos recorrentes possibilita o desenvolvimento de ações com foco no cuidado integral da criança e suas particularidades. Assim, será possível atingir melhor controle da doença ainda na atenção básica, reduzir agravos e, consequentemente, otimizar o direcionamento de recursos públicos.
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