A (RE)PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO URBANO REVELADA PELAS PAISAGENS DA ÁREA DO BANDEIRINHAS, BETIM (MG)
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-837X.2024.v14.44178Resumo
Este artigo aborda a (re)produção capitalista do espaço urbano na área do Bandeirinhas, Betim (MG), que é caracterizada por um cenário industrial pujante e uma nítida desigualdade social. Assim, considerando que a paisagem é uma categoria de análise reveladora das aparências e dos fenômenos (CARLOS, 2005), questionou-se como as paisagens da área do Bandeirinhas revelam a (re)produção capitalista do espaço urbano e, portanto, definiu-se como objetivo analisar as paisagens de três transectos, cada um correspondendo a uma avenida da área do Bandeirinhas: av. Guandu, av. Fausto Ribeiro da Silva e av. Aeródromo de Inhotim. Para tanto, empregou-se na análise o método da paisagem sistêmica proposto por Verdum (2012), cujos resultados mostraram o controle dos agentes sociais sobre o espaço urbano e a segregação socioespacial como um dos fenômenos mais perceptíveis da área do Bandeirinhas. Por fim, avaliou-se a dinâmica da (re)produção capitalista do espaço urbano da área do Bandeirinhas, considerando as implicações da instalação do aeródromo de Inhotim nas futuras relações socioespaciais do município de Betim e sublinhando a perversidade do progresso.