CONTAGEM MICROBIANA, ATIVIDADE DE β-GLICOSIDASE E ISOLAMENTO DE FUNGOS TERMOFÍLICOS/TERMOTOLERANTES EM SOLOS COM CULTIVO CONVENCIONAL E AGROECOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-837X.2024.v14.40409Resumo
A busca por alimentos mais saudáveis e com produção sustentável fez com que nos últimos anos houvesse uma grande expansão dos sistemas agroecológicos de produção, contrapondo-se ao uso de defensivos agrícolas, característico dos sistemas convencionais. Este trabalho teve como objetivo avaliar se os sistemas de manejo e tipos de cultura afetam a quantidade de fungos e bactérias, bem como a atividade de β-glicosidase e a presença de fungos termofílicos/termotolerantes produtores dessa enzima, no solo. Foram feitas oito coletas em uma área com sistemas convencional e agroecológico/orgânico de produção, no município de Fronteira/MG, em três pontos (horta agroecológica; cultivo convencional de abacaxi e cultivo convencional de cana-de-açúcar). Como indicadores da qualidade do solo, foram avaliadas a população de bactérias e fungos, bem como a atividade da enzima β-glicosidase. Além disso, foram isoladas linhagens de fungos termotolerantes/termofílicos do solo e analisado o potencial de produção de β-glicosidase pelos fungos. Verificou-se que os solos provenientes da horta agroecológica e com cultivo convencional de cana-de-açúcar propiciaram quantidades significativamente maiores de fungos e bactérias e também atividades mais elevadas da enzima β-glicosidase, em relação ao solo com cultivo convencional de abacaxi. O solo que propiciou a maior quantidade de fungos com potencial de produção da enzima foi o com cultivo agroecológico de hortaliças, seguido dos solos com cultivo de cana-de-açúcar e abacaxi. Assim, conclui-se que tanto a microbiota quanto a atividade de β-glicosidase foram bons indicadores de qualidade do solo na área estudada.