AS RELAÇÕES SOCIEDADE↔NATUREZA ANALISADAS A PARTIR DAS ÁREAS NATURAIS PROTEGIDAS
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-837X.2024.v14.41542Resumen
Nas últimas décadas, tem sido possível evidenciar a centralidade da questão ambiental em nível nacional e internacional, especialmente a partir do aumento tanto da intensidade quanto da frequência de impactos ambientais negativos em diferentes regiões do planeta. No bojo das estratégias que vêm sendo postas em movimento visando evitar ou mitigar as consequências ambientais negativas das ações humanas sobre os diferentes ecossistemas terrestres, a criação de Áreas Naturais Protegidas passou a se caracterizar como uma das políticas ambientais de maior aplicação no contexto global, sendo adotada pela maioria dos países do mundo e estimulada por variados organismos internacionais. Ainda que não seja um mecanismo novo, existindo evidências de uso dessa estratégia em tempos remotos, inclusive, a expansão do número de áreas protegidas a nível global, especialmente a partir da eclosão da chamada “crise ambiental”, vem suscitando uma série de debates em torno de variados aspectos que envolvem a constituição e gestão dessas áreas. O presente trabalho tem como objetivo aprofundar um desses debates, discutindo a questão das áreas protegidas à luz da tese da produção da natureza, evidenciando qual ou quais são os entendimentos de natureza que têm sido mobilizado(s) historicamente para justificar a criação desses espaços.