REGIONALIZAÇÃO DA TRANSIÇÃO DE FECUNDIDADE NO BRASIL EM 1991, 2000 E 2010
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-837X.2023.v13.39497Resumen
A transição da fecundidade no Brasil é marcada por forte heterogeneidade regional. Desde o início da transição da fecundidade, foram observadas diferenças de início e ritmo espacialmente distribuídas no País. Essas variações estão associadas a mudanças sociais e econômicas observadas desde a década de 60 no País. Houve, também, um time-lag de aproximadamente 10 anos entre algumas regiões. Como consequência, pode-se constatar que vários municípios estiveram em momentos distintos da transição da fecundidade, quando comparado à média nacional. Dentro dessa discussão, propõe-se identificar clusters espaciais da transição da fecundidade dos municípios. Isso está sendo feito ao se utilizar o método da Árvore Geradora Mínima (AGM) aplicado à alocação temporal da TFT de cada município do Brasil, entre 1991 e 2010. A alocação temporal, insumo básico deste trabalho, é proveniente de um estudo anterior. Resultados preliminares indicam que, dada a forte heterogeneidade mencionada, as regiões Nordeste, Sudeste e Sul, são aquelas com os maiores números de clusters, refletindo a desigualdade e o descompasso da transição da fecundidade nestas regiões.