JUIZ DE FORA DO SÉCULO XIX:
formas urbanas de uma cidade no meio do caminho
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-837X.2025.v15.47304Resumen
Na segunda metade do século XIX, Juiz de Fora viveu momentos extremos de seu desenvolvimento econômico, com reflexos diretos no seu processo de urbanização. O tímido município, criado em 1850 se tornou, em 1900, o mais rico, desenvolvido e populoso do estado de Minas Gerais. Da condição de lugar no ‘meio de caminho’ das várias estradas que cortavam a região, que caracterizou seus primeiros anos de emancipação, passou à condição de sede de uma consistente diversidade econômica, lastreada pela cafeicultura, praticada na sua extensa área rural, e pela indústria têxtil, sediada no meio urbano. A condição de centralidade econômica regional alcançada nesse período provocou intenso crescimento demográfico, incluindo um importante fluxo migratório. Tudo isso implicou na construção de um processo de urbanização que foi sendo moldado e alterado rápida e continuamente, construindo, desconstruindo e reconstruindo diferentes paisagens. Esse artigo apresenta, destaca e discute exatamente esse processo de ordenamento territorial de Juiz de Fora, analisando-o através das diferentes formas urbanas presentes nos primeiros 50 anos de existência do município.




