O kuduro como espaço de resistência linguística do português d’Angola: Angolês

Autores

Palavras-chave:

Kuduro. Angolês. Decolonial. Resistência. Valorização

Resumo

O kuduro, como estilo musical e de dança, serve como uma importante manifestação cultural e identitária, ocupando um espaço relevante na vida social e cultural de Angola. Seu desenvolvimento e destaque estão profundamente conectados à história recente do país, caracterizada por conflitos e mudanças socioeconômicas. A partir disso procuro analisar e discutir o kuduro como espaço de resistência linguística do português d’Angola/Angolês. De forma a destacar a sua contribuição e importância dentro da valorização dessa língua. Para isso, examino o remix da música “De Faya” do grupo Xtrubantu e Telma Lee, assim como a letra da música “Tala” do Elenco do Rangel, e a música dos kuduristas DJ Naile, Pockey Cy e Pé Do Galo com o título “Bico dos FAA”. Onde coleto expressões e frases que fazem parte do português de Angola para verificar de que modo elas estão presentes nessas letras de kuduro. E dentro desse raciocínio, procuro desconstruir, a partir da visão decolonial, a ideologia em torno da língua certa e errada vinculada ao pensar colonial dentro do ensino de língua.

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Biografia do Autor

Makosa Tomás David, Universidade Federal do Sul da Bahia

Natural de Luanda – Angola, é estudante de graduação na Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB no curso de Licenciatura Interdisciplinar em Linguagens e Códigos e suas Tecnologias, tendo ingressado em 2021 por meio de uma transferência externa concedida pela sua antiga Universidade Agostinho Neto (UAN). Ex - intercambista da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC no curso de Letras - Língua Portuguesa, em 2021, bolsa concedida pela AULP - Associação de Universidades de Língua Portuguesa. Fez o Ensino Médio no Liceu nª 3088, em Luanda, no curso de Ciência Econômica e Jurídica (2017 – 2019). Em 2020, atou como professor formador para ingresso à universidade na sua comunidade do Kikolo-Angola. É membro do grupo de Estudo Raciais e Linguísticos, (UESC) e do grupo de pesquisa Racismo e Linguagem (UFSB). Foi um dos organizadores da Primeira Jornada Internacional de Estudos de Linguagem: Racismo Linguístico e Racismo nos Estudos da Linguagem realizado em Ilhéus no ano de 2022. Desenvolve pesquisa como bolsista, na UFSB, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB, desde 2022, na qual é coordenador, pesquisando sobre Racismo e Antirracismo no Ensino de Línguas – RAEL. Ministrou a oficina Diálogos Étnicos Raciais no Colégio Estadual de Salobrinho no ano de 2022, em Ilhéus, que tinha como tema África-Brasil: cultura e ancestralidade. Participou, em 2022, do curso de extensão Curso Básico de Língua Inglesa e Interculturalidade Aberto à comunidade da UFSB. Nos anos de 2022 e 2023 participou do 8º e 9º Congresso de Iniciação à Pesquisa, Criação e Inovação, realizado no campus Jorge Amado – UFSB, sendo que no primeiro ano conquistou o primeiro lugar e no segundo foi reconhecido com o Prêmio Destaque de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSB, com a pesquisa Racismo e Antirracismo no Ensino de Línguas. Foi um dos organizadores da palestra intitulada” Uma resposta ao estímulo-resposta: como a teoria gerativista ajudou a linguística a compreender como se aprende uma língua" proferida pelo Dr. Carlos Felipe Pinto e realizada em 2022 no Campus Jorge Amado -UFSB. É bolsista do Auxilio Idiomas -UFSB, desde 2023, onde realiza o curso de Kimbundu oferecido pela Universidade Federal da Bahia – UFBA. Concluiu o curso Igualdade Racial nas Escolas, em 2023, promovido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) em parceria com o Instituto de Educação a Distância da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira (UNILAB). Apresentou um dos seus artigos, as influências das línguas Bantu no português de Brasil: origens e trajetórias rumo ao Pretuguês, no II Colóquio de Linguística (II COLIN) – Linguística hoje: potencialidades e interfaces, realizado pelo Centro Acadêmico de Letras Prof. Ruy Póvoas, em parceria com o Programa de Pós-graduação em Letras: Linguagens e Representações (PPGL - UESC), Kàwé - Núcleo de Estudos Afro-Baianos Regionais (NEAB) e o Laboratório de Redação, no ano de 2023. Terminou o curso autoinstrucional Formação em Linguagens e suas Tecnologias, em 2024, promovido pela Secretaria de Educação Básica no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação - AVAMEC. Foi um dos realizadores da pesquisa Pretoguês em comunidades quilombolas da Chapada Diamantina – UFBA em 2023. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa!

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Publicado

2024-12-31

Edição

Seção

Artigos