O tópico estilo-chinês e o status tipológico do PB: um estudo de rastreamento ocular

Autores/as

Palabras clave:

Psicolinguística, Tópico-comentário, Rastreamento ocular, PB

Resumen

Com o objetivo de oferecer evidências que sustentem a hipótese do português do Brasil (PB) como língua mista, como já proposto em Medeiros (2021), o presente estudo analisa o processamento de estruturas de tópico estilo-chinês por falantes nativos de PB, através de metodologia psicolinguística. Em teste de rastreamento ocular durante a leitura, investigou-se a preferência correferencial pelos elementos tópico e sujeito nas estruturas. Tal experimento apresenta design 4, onde o fator “Tipo de referente” com 4 níveis gerou as seguintes condições experimentais: 

a) Aquelas florestas, os arbustos são grandes, por isso eu gostei delas. (TOP)

b) Aquelas florestas, os arbustos são grandes, por isso eu gostei deles. (SUJ)

c) Aquelas florestas, as árvores são grandes, por isso eu gostei delas. (AMB)

d) Aquelas florestas, os arbustos são grandes, por isso eu gostei __. (NUL)

Os tempos de resposta às questões interpretativas indicaram um maior tempo de processamento nas condições “nulo” e “ambíguo”. Os achados indicam, ainda, que, quando não há uma relação explícita entre o elemento correferente e o pronome, 65% das escolhas se dá pelo tópico, e não pelo sujeito, sendo esta, uma evidência para considerar a língua apresenta proeminência de tópico-comentário, de acordo com estudo seminal de Li & Thompson (1976). Tais dados vão em direção aos achados de Medeiros (2021), que verificou alta aceitabilidade destas estruturas pelos falantes nativos de PB e trazem questões a Kenedy & Mota (2012), que avaliaram o PB como língua de proeminência de sujeito, quando investigaram o mesmo fenômeno. 

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Publicado

2025-01-03 — Actualizado el 2025-01-03

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Artigos