Os desafios das traduções literária e não-literária
técnicas e soluções
DOI:
https://doi.org/10.34019/1808-9461.2023.v25.40173Palabras clave:
Estudos tradutórios, Tradução literária, Tradução não-literária, Procedimentos da traduçãoResumen
O presente texto se inicia com a conceituação de tradução como a entendemos na contemporaneidade. Segundo Geir Campos (1986), ‘traduzir’ significa fazer passar de um lado para o outro, ‘atravessar’ a barreira dos diferentes códigos linguísticos a fim de transmitir uma determinada mensagem em outro idioma. Em seguida, descrevo quais são os principais procedimentos técnicos tradutórios, encontrados em nossa literatura, de acordo com a teoria de Heloísa Barbosa (1990). No entanto, nosso objetivo principal foi discorrer sobre os desafios encontrados pelo tradutor ao se deparar com a tradução literária de ficção ou poética e com a tradução não-literária, considerada técnica. Além de definirmos a diferença entre ambas, alguns exemplos são utilizados a fim de ilustrarmos algumas práticas tradutórias dentro dos campos citados. Procuro, neste artigo, analisar técnicas de tradução usadas por tradutores em passagens de textos de ficção e não-ficção, discutindo suas escolhas. Tais trechos literários e não-literários foram retirados de fontes autênticas, e já publicadas, de obras traduzidas da língua inglesa para a língua portuguesa do Brasil, a saber: trechos do romance Mansfield Park, de Jane Austen, traduzido por Rachel de Queiroz; o poema 288 “I’m nobody”, de Emily Dickinson, traduzido por Aila de Oliveira Gomes, Augusto de Campos e José Lira; a bula da vacina da empresa Pfizer, sem indicação de tradudores; uma notíca sobre overdose retirada do site da BBC News, também sem indicação de tradução; e um trecho do livro Gender Trouble, de Judith Butler, traduzido por Renato Aguiar.