Processos de subjetivação e intersubjetivação em usos do verbo calcular no português

Autores

  • Letícia de Almeida Barbosa-Santos Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - IBILCE

DOI:

https://doi.org/10.34019/1808-9461.2020.v18.27199

Palavras-chave:

Funcionalismo, mecanismos de gramaticalização, verbo calcular

Resumo

Este artigo analisa os processos de subjetivação e intersubjetivação em usos do verbo calcular, a fim de evidenciar a sua trajetória de mudança. O verbo calcular, assim como admitir, pensar, supor e avaliar expressa processos mentais intimamente ligados à compreensão e à memória (HALLIDAY, 1985), assim como ao planejamento da comunicação, em alguns casos. Com base em Traugott e Dasher (2001), Neves (1996), Casseb-Galvão (1999; 2000), Gonçalves (2003) e Fortilli (2013), é possível perceber, juntamente com a parentetização do verbo calcular, o reforço da subjetividade e a saliência da intersubjetividade, com abstratização de significado. Para o levantamento e análise de dados, foram selecionados casos encontrados entre os séculos XVIII, XIX e XX, no Corpus do Português (DAVIES; FERREIRA, 2006). Neste sentido, serão apresentados os efeitos da atuação destes dois mecanismos que proporcionam alterações semânticas no verbo em análise.

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Biografia do Autor

Letícia de Almeida Barbosa-Santos, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - IBILCE

É graduada em Letras (Português-Inglês) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e mestre em
Letras (Estudos Linguísticos) pela mesma instituição. Desenvolveu, por meio de iniciação científica, um estudo
diacrônico da parentetização de verbos de atividade mental do português brasileiro e, em nível de mestrado,
investigou os aspectos sintáticos, semânticos e pragmáticos que atuam no processo de gramaticalização verbos
cognitivos do português em perspectiva funcional cognitivista. Atualmente, é pós-graduanda em Psicopedagogia
nas Faculdades Integradas Urubupungá e cursa doutorado em Estudos Linguísticos na Universidade Estadual
Paulista, onde investiga, por meio de um estudo pancrônico, o esquema parentético modal do português
brasileiro.

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Publicado

2020-10-20

Edição

Seção

Artigos