Getúlio Vargas, a ditadura civil-militar e o combate ao imperialismo

uma leitura da biografia Quem matou Vargas (1974), de Carlos Heitor Cony

Autores

  • Marcelo Hornos Steffens UNIFAL/MG

DOI:

https://doi.org/10.34019/2359-4489.2024.v11.45791

Palavras-chave:

Ditadura civil-militar - Carlos Heitor Cony - Getúlio Vargas

Resumo

A ideia deste artigo partiu da coincidência de três datas, todas relacionadas no livro de Carlos Heitor Cony: o ano de 1954, setenta anos do suicídio de Getúlio Vargas; o ano de 1964, sessenta anos do Golpe civil-militar; e o ano de 1974, cinquenta anos da publicação do livro de Cony. Nesse estudo pretendeu-se discutir questões teóricas e metodológicas que envolvem a escrita biográfica, buscando-se identificar a forma através da qual o autor organizou seu livro: cuidado com os aspectos formais; suas relações com o contexto político e historiográfico; e, de que forma o autor buscou dar um caráter verossímil à biografia. Por ser um livro lançado, em 1974, em plena ditadura, buscou-se analisar, também, os usos que o autor fez da figura de Getúlio Vargas para se aproximar ou se afastar do golpe contra João Goulart, dos militares e do regime.

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Publicado

2024-12-12

Como Citar

(1)
Hornos Steffens, M. Getúlio Vargas, a Ditadura Civil-Militar E O Combate Ao Imperialismo: Uma Leitura Da Biografia Quem Matou Vargas (1974), De Carlos Heitor Cony. FDC 2024, 11, 232-250.