A memória além de sua materialização
DOI:
https://doi.org/10.34019/2359-4489.2021.v7.34110Palavras-chave:
soft power, patrimônio cultural, memóriaResumo
O legado patrimonial de uma nação nem sempre é visto de modo positivo pelos líderes políticos e, a partir disso, quando não há investimento nessa área, ela acaba ficando alheia. A comunidade que luta para preservar sua memória e/ou tradição, se vê desamparada em muitas das vezes, tais como nas incidências de tráfico ilícito de bens culturais, na falta de posicionamento do governo e órgãos especializados a sustentar o tombamento e a necessidade de preservação do patrimônio cultural. Diante disso, o presente artigo parte de uma premissa atemporal e visa reforçar a relevância do patrimônio histórico cultural enquanto soft power, em nível global, no intuito de elencar os temas identidade, coleção, cultura, memória, tradição, movimento, natureza e simbolismo, de modo a estabelecer pertinentes conexões frente à percepção de que está tudo interligado como uma grande malha constituindo um emaranhado de forças vitais.
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